quarta-feira, maio 22, 2013
Tomografia e Câncer
As máquinas de tomografia, assim como as de raios-X (abreugrafia), usam radiação eletromagnética ionizante, que introduzem defeitos (prejudicam) todas as células do nosso corpo, independente da idade da pessoa. Mulheres são rotineiramente aconselhadas a fazer tomografia das mamas todo ano, o que vai aumentando paulatinamente a probabilidade de elas desenvolverem câncer de mama (seio), já que os efeitos negativos da radiação ionizante vão se acumulando com o tempo. Em crianças e jovens, com tecidos ainda em formação, esse efeito é ainda mais grave. Deveríamos também questionar o tratamento padrão de câncer usando radioterapia (com radiação ionizante), já que isso também contribui para o surgimento de câncer (que está se querendo curar!). Acredito, também, que o número enorme de vacinas que são dadas logo após o nascimento de crianças, é uma prática (imposta pelo governo) que traz muitos prejuízos aos recém-nascidos, mas infelizmente ninguém questiona esse procedimento temerário. Abaixo vai mais um artigo [1] que comprova o efeito negativo da tomografia (uma técnica alternativa passiva, totalmente segura e que pode ser usada em certos casos - como para detecção de câncer - é a termografia).
Crianças e adolescentes que se submetem a tomografia computadorizadas (exame com nível de radiação maior do que um raio-X) têm risco 24% maior de desenvolver câncer do que aqueles que não fizeram o exame.
É o que aponta o maior estudo já feito sobre o tema, com um grupo de 10,9 milhões de pessoas de até 19 anos da Austrália.
Desse grupo, 680 mil fizeram tomografias ao menos 12 meses antes de um diagnóstico de câncer, para excluir os exames feitos durante a investigação da doença. Os voluntários foram acompanhados por nove anos e meio.
O risco absoluto de câncer, porém, permanece baixo. Em um grupo de 10 mil jovens, espera-se que 39 casos de câncer ocorram em dez anos. Se cada um deles fizesse uma tomografia, sete casos a mais apareceriam.
A preocupação com as crianças é maior porque seus tecidos ainda estão em formação, o que as torna mais suscetíveis às doses de radiação (e de vacinas...). A chance de elas repetirem o exame e acumularem os efeitos danosos ao longo da vida também é grande.
Recentemente, outras pesquisas apontaram o risco elevado de câncer em jovens que haviam feito o exame.
No entanto, segundo os autores do novo estudo, publicado no periódico "British Medical Journal", especialistas em radiação (ionizante) ainda questionavam a validade dos resultados e havia incerteza sobre o risco de câncer ligado à tomografia.
Especialistas dizem que o novo trabalho confirma e consolida as informações que já existiam a respeito.
"É um trabalho importante porque havia controvérsia sobre esse risco", diz Lisa Suzuki, radiologista do Hospital Infantil Sabará.
O estudo mostra um risco aumentado para tumores sólidos (de cérebro, pele, tireoide, trato urinário, órgãos digestivos, etc), leucemia e outros cânceres linfoides, em especial quando a exposição à radiação aconteceu antes dos cinco anos de idade.
Segundo Suzuki, campanhas internacionais e protocolos já sugerem a redução da radiação para crianças.
No Hospital Sabará, por exemplo, existe o plano de criar uma "carteira de radiação", nos mesmos moldes da de vacinação, para anotar os exames aos quais a criança foi submetida. Esse controle deve ser lançado no segundo semestre deste ano.
Marcos Menezes, coordenador do Centro de Diagnósticos do Hospital Sírio-Libanês, afirma também que os tomógrafos modernos podem ter uma dose de radiação 16 vezes menor que a dose padrão.
"O paciente tem direito de saber e questionar o tipo de tecnologia e a dose de radiação que vai receber e comparar para fazer uma escolha melhor", diz (escolha termografia, se possível...).
Cecília Maria Lima da Costa, diretora do setor de oncologia pediátrica do A.C. Camargo, diz que exames que não usam radiação (ionizante), como a ressonância magnética (ecografia, termografia, etc), têm ganhado mais espaço nessa faixa etária, mas, em alguns casos, a tomografia é essencial, como em traumas e acompanhamento de câncer (que pode ser acompanhado por termografia: o tecido canceroso emite uma temperatura diferente dos tecidos sadios circunvizinhos).
"É preciso pesar risco e benefício. Se for essencial, vale a pena correr esse risco pequeno", afirma.
O consenso é de que a indicação do exame tem que ser precisa, para evitar radiação desnecessária.
"É preciso ter bom senso dos dois lados. Há pais que insistem para que os filhos façam exames mesmo quando o médico acha que não é indicado, e há médicos com a sensação de que os exames resolvem tudo", diz Suzuki.
Hoje não há um limite de quantos exames uma pessoa pode fazer em segurança. Quanto menos, melhor.
Tomografia eleva o risco de câncer em crianças e jovens
Estudo com 10,9 milhões de pessoas viu incidência 24% maior de tumores entre os submetidos aos exames
Risco absoluto de ter a doença é baixo; foram 46 casos a cada 10 mil pessoas seguidas por uma média de dez anos
Crianças e adolescentes que se submetem a tomografia computadorizadas (exame com nível de radiação maior do que um raio-X) têm risco 24% maior de desenvolver câncer do que aqueles que não fizeram o exame.
É o que aponta o maior estudo já feito sobre o tema, com um grupo de 10,9 milhões de pessoas de até 19 anos da Austrália.
Desse grupo, 680 mil fizeram tomografias ao menos 12 meses antes de um diagnóstico de câncer, para excluir os exames feitos durante a investigação da doença. Os voluntários foram acompanhados por nove anos e meio.
O risco absoluto de câncer, porém, permanece baixo. Em um grupo de 10 mil jovens, espera-se que 39 casos de câncer ocorram em dez anos. Se cada um deles fizesse uma tomografia, sete casos a mais apareceriam.
A preocupação com as crianças é maior porque seus tecidos ainda estão em formação, o que as torna mais suscetíveis às doses de radiação (e de vacinas...). A chance de elas repetirem o exame e acumularem os efeitos danosos ao longo da vida também é grande.
Recentemente, outras pesquisas apontaram o risco elevado de câncer em jovens que haviam feito o exame.
No entanto, segundo os autores do novo estudo, publicado no periódico "British Medical Journal", especialistas em radiação (ionizante) ainda questionavam a validade dos resultados e havia incerteza sobre o risco de câncer ligado à tomografia.
Especialistas dizem que o novo trabalho confirma e consolida as informações que já existiam a respeito.
"É um trabalho importante porque havia controvérsia sobre esse risco", diz Lisa Suzuki, radiologista do Hospital Infantil Sabará.
O estudo mostra um risco aumentado para tumores sólidos (de cérebro, pele, tireoide, trato urinário, órgãos digestivos, etc), leucemia e outros cânceres linfoides, em especial quando a exposição à radiação aconteceu antes dos cinco anos de idade.
Segundo Suzuki, campanhas internacionais e protocolos já sugerem a redução da radiação para crianças.
No Hospital Sabará, por exemplo, existe o plano de criar uma "carteira de radiação", nos mesmos moldes da de vacinação, para anotar os exames aos quais a criança foi submetida. Esse controle deve ser lançado no segundo semestre deste ano.
Marcos Menezes, coordenador do Centro de Diagnósticos do Hospital Sírio-Libanês, afirma também que os tomógrafos modernos podem ter uma dose de radiação 16 vezes menor que a dose padrão.
"O paciente tem direito de saber e questionar o tipo de tecnologia e a dose de radiação que vai receber e comparar para fazer uma escolha melhor", diz (escolha termografia, se possível...).
Cecília Maria Lima da Costa, diretora do setor de oncologia pediátrica do A.C. Camargo, diz que exames que não usam radiação (ionizante), como a ressonância magnética (ecografia, termografia, etc), têm ganhado mais espaço nessa faixa etária, mas, em alguns casos, a tomografia é essencial, como em traumas e acompanhamento de câncer (que pode ser acompanhado por termografia: o tecido canceroso emite uma temperatura diferente dos tecidos sadios circunvizinhos).
"É preciso pesar risco e benefício. Se for essencial, vale a pena correr esse risco pequeno", afirma.
O consenso é de que a indicação do exame tem que ser precisa, para evitar radiação desnecessária.
"É preciso ter bom senso dos dois lados. Há pais que insistem para que os filhos façam exames mesmo quando o médico acha que não é indicado, e há médicos com a sensação de que os exames resolvem tudo", diz Suzuki.
Hoje não há um limite de quantos exames uma pessoa pode fazer em segurança. Quanto menos, melhor.
Referência:
[1] Mariana Versolato, Tomografia eleva o risco de câncer em crianças e jovens, Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde+Ciência, pg. C7, 22 de maio de 2013.
Marcadores: abreugrafia, câncer, crianças, radiação ionizante, radioterapia, raio X, termografia, tomografia, vacina