sexta-feira, setembro 22, 2017

 

Os Suicídios no Brasil - 1


Vejamos algumas informações liberadas hoje [1] sobre este assunto.

Taxa de casos entre indígenas é três vezes maior do que a média da população. O Ministério da Saúde passa a divulgar esses dados em formato de boletim epidemiológico, como de dengue e gripe. Todos os dias, em média, 30 pessoas tiram a própria vida no Brasil. Entre 2011 e 2015, houve 55.649 casos do tipo no país - média de 11 mil casos por ano, segundo dados divulgados neste quinta-feira (21) pelo Ministério da Saúde. A variação, ano a ano (de 2011 a 2015), está mostrada no gráfico acima, assim como uma estatística associada. O problema tem avançado no decorrer do tempo.

O problema atinge, na maior parte, homens (79% dos casos), cuja taxa de ocorrência é de 8,7 suicídios por 100 mil habitantes. Já entre as mulheres é de 2,4/100 mil habitantes. Incluindo homens e mulheres, a taxa de suicídios no Brasil (estatística da ONU[2]) é de 6,3/100 mil habitantes (e, não, os 5,5/100 mil, como reportado em [1]).

No Brasil, o suicídio é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos - a principal são agressões. Proporcionalmente, no entanto, o problema atinge mais os idosos. A taxa de mortalidade por suicídio entre pessoas com mais de 70 anos chega a 8,9 a cada 100 mil habitantes entre 2011 e 2015. Entre os jovens de 20 a 29 anos, esta taxa é de 6,8 casos a cada 100 mil habitantes. Os povos indígenas são os mais vulneráveis: se entre brancos a taxa de mortes por suicídio é de 5,9 a cada 100 mil habitantes, entre indígenas esta taxa chega a 15,2, de 2011 a 2015. A faixa etária mais atingida entre os indígenas é a de crianças de 10 a 19 anos: representam 45% dos casos indígenas.

Os casos de suicídio são espalhados por todo o Brasil. No entanto, proporcionalmente, a região Sul é a mais afetada: concentra 23% dos casos, mas com apenas 14% da população do país. Três dos quatro municípios com as piores taxas do país estão no estado do Rio Grande do Sul: Foquetinha (78,7 casos por 100 mil habitantes), Travesseiro (55,8) e André da Rocha (52,4). O outro município entre os mais incidentes incidentes é Taipas do estado do Tocantins, com taxa de 57 casos por 100 mil habitantes. A região mais afetada por suicídios é o Sudeste, com 38% dos casos registrados no país.

Entre 2011 e 2016, foram 48.204 tentativas de suicídio no país, sendo 58% delas por envenenamento ou intoxicação, 6,5% por objeto cortante e 6% por enforcamento. São as mulheres quem mais tentam tirar a própria vida: 69% dos casos. Em 31% dos casos, elas tentaram o ato mais de uma vez - entre os homens, a reincidência é de 20% (já que eles são mais bem sucedidos na primeira tentativa).

Comentário Final: Como já comentei em outra postagem deste blog (clique no Marcador suicídio, desta postagem), há uma tendência geral (no Brasil e em todos os outros países) de aumento da taxa de suicídios nas regiões mais frias (com o aumento da latitude norte ou sul). Por isso, o Rio Grande do Sul é o estado com a situação mais grave. No mundo, o pais campeão em suicídios é a Lituânia (segundo estatística da ONU), um país europeu de inverno muito rigoroso. Por que isso ocorre? Por causa da diminuição da radiação solar (algo sadio) com o aumento da latitude. A incidência de vários tipos de cânceres também aumenta ao nos afastarmos do equador (com o aumento da latitude). Porém, certamente existem outros fatores que contribuem com o aumento dos suicídios. Na minha opinião, um desses fatores é a poluição eletromagnética (inclusive devido à eletricidade suja, no lar e no local de trabalho): quanto mais neblina eletromagnética nociva, mais perturbação mental (devido à maior interferência com as ondas cerebrais normais) e, consequentemente, maior número de suicídios. No Brasil, por exemplo, o índice muito maior de suicídios nos índios, pode ser devido ao uso crescente de telefones celulares entre eles. Quanto menor a idade, mais intenso é o efeito da radiação do celular na cabeça da pessoa: daí o maior índice de suicídio entre as crianças indígenas na faixa de 10 a 19 anos.

PS: Hoje (27.02.2018) saiu outra reportagem [3] sobre suicídios entre índios do Brasil. O índio Waritaxi Iwyraru Karajá, 56 anos,  perdeu três filhos por suicídio (um filho com 21 anos e uma filha grávida de 24 anos). O filho de Iwraru Karajá, 52 anos, cacique da aldeia Watau, tinha 25 anos quando se matou em 2016. A maioria dos casos de suicídios indígenas envolve jovens do sexo masculino, entre 11 e 25 anos. Meu comentário: entre a população não-indígena a taxa de suicídios é maior entre adultos mais idosos e na população indígena é maior entre os jovens do sexo masculino. Maior suicídio entre adultos mais idosos é algo esperado, devido à declínio da saúde nesta faixa etária. Mas, entre os índios, isso não acontece, ficando a maior taxa de suicídios entre os jovens do sexo masculino. Portanto, para identificar por que isso ocorre, deve-se verificar qual a diferença de estilo de vida entre índio idoso e índio jovem. Índio idoso não tem contato com aparelhos eletrônicos da civilização (principalmente telefone celular), mas índio jovem (principalmente do sexo masculino) certamente tem um maior contato com esses instrumentos que emitem radiação eletromagnética que interfere com o funcionamento do corpo, principalmente na cabeça. Além disso, os jovens índios costumam usar mais calçados que seus pais adultos, o que perturba ainda mais sua saúde. Outro aspecto fundamental: os índios jovens geralmente vão à escola, e os adultos não! A escola é uma prisão, que retira a liberdade das crianças, algo difícil de suportar pelos pequenos índios livres. Em todo o mundo, nos últimos anos, tem aumentado o número de suicídios de crianças que vão à escola [4]!
 
Referências:
[1] Thiago Amâncio, País registra 30 suicídios ao dia; idosos e índios lideram, Jornal Folha de S. Paulo, Caderno Cotidiano, pg. B6, 22 de setembro de 2017. 
[2]  http://apps.who.int/gho/data/node.sdg.3-4-viz-2?lang=en
[3] Rodrigo Vargas, Cresce suicídio entre índios carajás em MT, Jornal Folha de S. Paulo, Caderno Poder, pg. A6, 27 de fevereiro de 2018. 
[4] David Icke, Everything you need to know but have never been told, David Icke Books, pp. 269-274, novembro 2017. ISBN: 978-1-5272-0726-4.

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