quinta-feira, julho 05, 2018
Meditação para Ocupados
Abaixo alguns trechos deste livro [1] do Osho.
Ninguém precisa mais de meditação do que aqueles que não têm tempo para isso. Essas pessoas ocupadas talvez já tenham começado a meditar e desistido, pois pode parecer difícil conciliar esta prática com um estilo de vida agitado. A maioria das técnicas de meditação foi desenvolvida há milhares de anos para pessoas que levavam uma vida (tranquila) muito diferente da que temos hoje. Poucos têm facilidade para simplesmente sentar e relaxar. Neste livro, no entanto, você encontrará estratégias fáceis para reduzir a tensão e minimizar o estresse crônico, que podem ser integradas na vida cotidiana.
Cada pessoa é cientista em seu laboratório pessoal: a sua própria pessoa. Crenças não são necessárias. Tampouco atos de fé. Basta a abordagem científica básica de testar em si próprio(a) uma hipótese. Se falhar, não há problema: o cesto de papel de lixo provavelmente já está até a metade. Se der certo, você terá descoberto um tesouro. Não há fracassos.
Sabe-se que cerca de dois terços das visitas ao médico se devem a problemas relacionados com o estresse. Assim, os cientistas pegaram uns pobres ratos, estressaram esses animais e notaram que uma parte do cérebro deles aumentou. Descobriram que nos humanos estressados a mesma parte do cérebro também crescia, mas diminuía naqueles que meditam. Observaram, ainda, que as mudanças naturais do envelhecimento eram menos pronunciadas nessas pessoas. Sem dúvida, meditar é mais barato do que comprar cremes antirrugas!
Estamos nos criando, momento após momento, enquanto caminhamos pela vida. Se você ficar de cara amarrada por três dias, você poderá ficar profundamente deprimido(a). Em essência, nós somos um fenômeno de autocriação. O cérebro é como um incrível biocomputador programado por muitos fatores, resultando na "mente".
Existe uma condição chamada transtorno obsessivo compulsivo (TOC), como se observa em uma pessoa que lava as mãos cinquenta vezes por dia para se livrar de germes. Mesmo sabendo que isso é absurdo, ela não para de se lavar. Há cerca de 25 séculos um cavalheiro chamada Gautama, o Buda, explicou que o que nos faltava era a "consciência sem escolha". Se o apoio ou o combate ao hábito conectam e aproximam ainda mais as redes neurais, nosso único recurso é não fazer nada. Nada contra e nada a favor: essa é a essência da meditação. Ouçamos apenas; e, por isso mesmo, a meditação funciona com o TOC. Ou com qualquer outra compulsão inconsciente. Esse processo é plenamente científico. Se um desses hábitos inconscientes for, de fato, observado com consciência, se dissolverá por si só, totalmente, 100%. Caso se dissolva apenas 50%, significa que o observamos apenas 50%.
O ponto-chave é entender que a meditação envolve observação, ver o que acontece interna e externamente, em quaisquer situações - em casa, no trabalho, de manhã ou à noite... Sempre há algo a se notar. Além disso, enquanto a mente costuma se ausentar em sonhos acordados, o corpo está sempre presente, aqui e agora. Portanto, se você quiser entrar no jogo de como se ligar na vida, o corpo é o instrumento perfeito para isso.
Tensão nada tem a ver com aquilo que é externo a você. Tem a ver, sim, com o que acontece em seu interior. Você sempre encontrará uma desculpa externa para racionalizar sua tensão, simplesmente porque parece idiota estar tenso sem motivo. Mas a tensão não é externa; ela vem de seu estilo de vida incorreto.
Sabedoria não é acúmulo de fatos, cifras e informações. É uma transformação. Vivemos fora de nós mesmos; por isso, nosso mundo interior permanece escuro. Se nos voltarmos para dentro, se começarmos a nos focar no interior, cria-se a luz. Dispomos de tudo que é necessário para criar luz; basta fazermos um rearranjo.
É como se alguém bagunçasse seu quarto. Os móveis estão de cabeça para baixo, o candelabro caiu no chão. Tudo está ali, mas não onde deveria estar. É difícil viver em um ambiente assim. Você terá que colocar as coisas de volta no seu lugar.
Assim é o ser humano: temos tudo que é necessário, a existência nos proporcionou tudo. Chegamos perfeitamente prontos para viver nossa vida no nível ótimo, mas a vivemos no mínimo, simplesmente porque nunca arrumamos as coisas. Por exemplo, nossa atenção se volta para o exterior; assim, vemos tudo, exceto nós mesmos - o que é o mais importante a ser visto. É muito bom ver os outros, mas, antes, você precisa ver a si mesmo. Dessa posição privilegiada, desse estado centrado, você, então, poderá olhar os outros e, com isso, verá melhor as coisas.
Portanto, a atenção deve se voltar para o interior. Autodescoberta é isso: uma volta de 180 graus de nosso foco, nossa percepção. E onde quer que foquemos nossa percepção, esse espaço se ilumina. Não sou contra o mundo exterior, mas o mundo interior deve ser o primeiro a ser cuidado; o mundo exterior vem em segundo lugar. A pessoa que consegue cuidar de seu interior tem mais facilidade de cuidar do exterior. Sabedoria significa conhecer a si mesmo; e conhecer a si mesmo é o princípio de todo o saber.
Cada pessoa é cientista em seu laboratório pessoal: a sua própria pessoa. Crenças não são necessárias. Tampouco atos de fé. Basta a abordagem científica básica de testar em si próprio(a) uma hipótese. Se falhar, não há problema: o cesto de papel de lixo provavelmente já está até a metade. Se der certo, você terá descoberto um tesouro. Não há fracassos.
Sabe-se que cerca de dois terços das visitas ao médico se devem a problemas relacionados com o estresse. Assim, os cientistas pegaram uns pobres ratos, estressaram esses animais e notaram que uma parte do cérebro deles aumentou. Descobriram que nos humanos estressados a mesma parte do cérebro também crescia, mas diminuía naqueles que meditam. Observaram, ainda, que as mudanças naturais do envelhecimento eram menos pronunciadas nessas pessoas. Sem dúvida, meditar é mais barato do que comprar cremes antirrugas!
Estamos nos criando, momento após momento, enquanto caminhamos pela vida. Se você ficar de cara amarrada por três dias, você poderá ficar profundamente deprimido(a). Em essência, nós somos um fenômeno de autocriação. O cérebro é como um incrível biocomputador programado por muitos fatores, resultando na "mente".
Existe uma condição chamada transtorno obsessivo compulsivo (TOC), como se observa em uma pessoa que lava as mãos cinquenta vezes por dia para se livrar de germes. Mesmo sabendo que isso é absurdo, ela não para de se lavar. Há cerca de 25 séculos um cavalheiro chamada Gautama, o Buda, explicou que o que nos faltava era a "consciência sem escolha". Se o apoio ou o combate ao hábito conectam e aproximam ainda mais as redes neurais, nosso único recurso é não fazer nada. Nada contra e nada a favor: essa é a essência da meditação. Ouçamos apenas; e, por isso mesmo, a meditação funciona com o TOC. Ou com qualquer outra compulsão inconsciente. Esse processo é plenamente científico. Se um desses hábitos inconscientes for, de fato, observado com consciência, se dissolverá por si só, totalmente, 100%. Caso se dissolva apenas 50%, significa que o observamos apenas 50%.
O ponto-chave é entender que a meditação envolve observação, ver o que acontece interna e externamente, em quaisquer situações - em casa, no trabalho, de manhã ou à noite... Sempre há algo a se notar. Além disso, enquanto a mente costuma se ausentar em sonhos acordados, o corpo está sempre presente, aqui e agora. Portanto, se você quiser entrar no jogo de como se ligar na vida, o corpo é o instrumento perfeito para isso.
Tensão nada tem a ver com aquilo que é externo a você. Tem a ver, sim, com o que acontece em seu interior. Você sempre encontrará uma desculpa externa para racionalizar sua tensão, simplesmente porque parece idiota estar tenso sem motivo. Mas a tensão não é externa; ela vem de seu estilo de vida incorreto.
Sabedoria não é acúmulo de fatos, cifras e informações. É uma transformação. Vivemos fora de nós mesmos; por isso, nosso mundo interior permanece escuro. Se nos voltarmos para dentro, se começarmos a nos focar no interior, cria-se a luz. Dispomos de tudo que é necessário para criar luz; basta fazermos um rearranjo.
É como se alguém bagunçasse seu quarto. Os móveis estão de cabeça para baixo, o candelabro caiu no chão. Tudo está ali, mas não onde deveria estar. É difícil viver em um ambiente assim. Você terá que colocar as coisas de volta no seu lugar.
Assim é o ser humano: temos tudo que é necessário, a existência nos proporcionou tudo. Chegamos perfeitamente prontos para viver nossa vida no nível ótimo, mas a vivemos no mínimo, simplesmente porque nunca arrumamos as coisas. Por exemplo, nossa atenção se volta para o exterior; assim, vemos tudo, exceto nós mesmos - o que é o mais importante a ser visto. É muito bom ver os outros, mas, antes, você precisa ver a si mesmo. Dessa posição privilegiada, desse estado centrado, você, então, poderá olhar os outros e, com isso, verá melhor as coisas.
Portanto, a atenção deve se voltar para o interior. Autodescoberta é isso: uma volta de 180 graus de nosso foco, nossa percepção. E onde quer que foquemos nossa percepção, esse espaço se ilumina. Não sou contra o mundo exterior, mas o mundo interior deve ser o primeiro a ser cuidado; o mundo exterior vem em segundo lugar. A pessoa que consegue cuidar de seu interior tem mais facilidade de cuidar do exterior. Sabedoria significa conhecer a si mesmo; e conhecer a si mesmo é o princípio de todo o saber.
Referência:
[1] Osho, Meditação para ocupados - Estratégias de combate ao estresse para pessoas sem tempo para meditar, Editora Best Seller, Rio de Janeiro, 2016. ISBN: 978-85-7684-957-5.
Marcadores: estresse, meditação, mente, Osho, tensão, TOC