domingo, maio 05, 2024

 

As Leis da Vida - 4

 Fonte: Luiz Gasparetto e Lúcio Morigi, Calunga revela As Leis da Vida, Gráfica Vida e Consciência, 2015. ISBN: 978-85-7722-443-2

4. Lei da eternidade: TUDO É ETERNO

Deus é eterno. Tudo foi feito por Deus. Tudo é eterno. Não acaba, mas se transforma. É como na Física, que diz que a energia não se perde, se transforma. Acaba um estado da energia e ela muda para outro. É a lei de Lavoisier, e a lei da Física está dentro da lei cósmica, como tudo está.

O mesmo acontece com a gente. A gente é eterno para a frente e para trás. Você sempre existiu. Costuma-se falar do criador, mas ninguém foi criado, você sempre existiu e sempre vai existir. Nem todo esse tempo eterno você estava na consciência. Encontrava-se no estado latente e, num determinado momento, seu espírito resolveu germinar, como uma semente.

Deus é infinito, como é infinita a diversidade divina. Nada é igual a nada, nem mesmo todos os grãos de areia de todos os universos, e nada se repete. Isso não é fantástico?

Ninguém vive sozinho. Todos nós vivemos em grupos estruturados por hierarquias angélicas. Quando a população angélica se estabeleceu, com suas hierarquias organizadas, elas propiciaram o estabelecimento dos devas, que chamamos de elementais, que são os anjos menores. Os anjos menores foram cuidar das arquiteturas dos ambientes.

Nessa estruturação, tudo seguiu e até hoje segue uma ordem. Por exemplo, o menor tem que vir primeiro.Aí eles se juntam para fazer uma nova estrutura. Quando essa estrutura estiver pronta, vem o maior para ajudar a estrutura a funcionar. E assim segue avançando na complexidade. Isso é um modelo cósmico.

Portanto, aqueles que dominam, fazendo parte do principado, que é a essência maior, vieram depois, quando já havia uma estrutura adequada. Os grandes não vieram em primeiro lugar. As grandes figuras da espiritualidade, da Ciência e de todas as áreas, como Jesus,Buda, Confúcio, Einstein, Steve Jobs, etc., quando se estabeleceram aqui, encontraram um ambiente propício para exercer suas funções.

O espírito do ser humano só surgiu na Terra quando já havia uma estrutura física de um animal para acolhê-lo. Os espíritos foram trazidos aqui de outras partes do universo. O homem não veio do macaco e somos todos extraterrestres. Tudo isso foi e continua sendo obra dos anjos e arcanjos, os chamados donos do planeta.

Não existe evolução sem associação. Solidão é uma utopia. Ninguém é autossustentável. Todo mundo depende de todo mundo. E quanto mais evoluir, mais vai ser assim, porém, sempre obedecendo a uma hierarquia.

A hierarquia é uma constituição do universo. Tudo é organizado, tudo se inter-relaciona, tudo está sob controle neste universo. Ao mesmo tempo em que tudo muda e cresce, tudo está seguro. A alma divina segura todos os universos.

Você não é só. É individual mas não é só. Você está dentro de um agregado, que chamamos de familia espiritual, e ninguém está sem essa família. Sempre tem que haver expansão, evolução, pois esta é uma das leis da vida.

Cada célula do nosso corpo é uma individualidade que se agregou. Como qualquer ser vivo, ela tem alma. Ela nasce, morre e reencarna na matéria. Esses seres também têm inteligência animal. Por isso, o agregado dessas inteligências animais em nós é o "bicho interior" de cada um. O agregado que domina esse bicho é o eu consciente. Há momentos em que o bicho domina a cabeça e nos "rodamos a baiana".

Depois tem um agregado que domina a cabeça, que é a alma. A alma, por sua vez, é dominada pela parte do espírito que domina tudo, o Eu Superior, que é a essência divina.

Você é um agregado, uma colônia, uma constelação de bilhões de seres, cujo grande deva é o Eu Superior. Quando o Eu Superior entra na consciência, esporadicamente, você pensa como gênio.

O seu Eu Superior é que escolhe sua vida, sua morte, seu nascimento. É Ele que escolhe seus dons. Então, você é  o que seu Eu Superior é. Todo o resto está subjugado a Ele.

E onde fica Deus nisso tudo? Deus fica junto. Deus não está fora. Tudo é Deus. Você é Deus, a barata é Deus, o santo é Deus, o assassino, na ignorância dele, é Deus, Lúcifer é Deus, os anjos são Deus, a pedra é Deus. Tudo é manifestação de Deus. Deus está em tudo. Tudo teve uma única origem, ou melhor, houve uma única causa no universo. Não existe uma coisa mais sagrada que a outra. Absolutamente tudo é sagrado, porque tudo é a extensão de Deus.

A eternidade é uma transformação que não para nunca. Ela não anda com o tempo. É um continuum, sempre o agora. A eternidade é um eterno presente. O passado e o futuro são uma abstração da mente.

A transformação é a recomposição de cada agora. Nesse espaço do agora, tudo tem que se recombinar. Nunca teve começo e nunca terá fim. É uma característica natural de Deus de nunca ser igual, sem jamais deixar se ser Si mesmo. Se nada pode se repetir, Deus cria e recria o tempo todo.

Nossa mente não entende que há um infinito, um eterno, porque ela só trabalha com o tempo, com o espaço e com formas definidas, e as formas limitam. Foi assim que inventaram equivocadamente um Deus antropomorfo, ou seja, na forma humana. De outro jeito, a mente não conseguiria conceber como era esse Deus.

Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança e o homem, por sua vez, fez Deus à imagem e semelhança dele, tanto no formato físico como nas atitudes, o que está completamente equivocado. Deus fez o homem à semelhança d'Ele no poder, no potencial, nas virtudes, nas habilidades, nas faculdades, nas possibilidades. A mente não entende, mas o espírito sabe que tudo se transforma, que Deus não tem forma, que tudo é eterno, que o infinito não tem espaço. A mente usa palavras para definir e as palavras limitam, dão formas.

Por isso Deus não se define. Qualquer definição de Deus O estará limitando. O espírito não define, sente. Em espírito sentimos que Deus é infinito eeterno, pois o espírito é a nossa ligação com o divino.

O máximo que a gente pode estar falando de Deus é de características, e olhe lá. O espírito transcende o cérebro e a mente. Esses limites são parâmetros da educação, para ter disciplina mental, pois sem ela a vida se torna um caos.

Não existe a palavra "acabou". Só existe a palavra "sempre". Por isso as ideias acerca de um céu e de um inferno eternos e estáticos são um absurdo. Tudo se transforma e evolui pela eternidade. O que acaba é o momento que é único, mas ele se transforma em outro momento que também é único, e assim segue pela eternidade. A eternidade é mudança constante.

Ao morrer, a pessoa não vai encontrar Deus, Jesus, Nossa Senhora, santos ou demônios, nem anjos tocando harpa, mas uma realidade muito semelhante à que vivia na Terra.

Outra coisa, por mais ignorante que alguém seja, do tipo daqueles que cometem inúmeros crimes, sempre ele/ela terá uma nova chance, reencarnando tantas vezes quantas forem necessárias, porque, para a espiritualidade, não há bem e não há mal, mas apenas  o funcional, e cada qual passará pelas experiências que forem necessárias ao seu processo evolutivo, graças à generosidade e à justiça divina, evidenciadas pelo fenômenoda reencarnação. Aliás, essa pessoas também é a extensão de Deus. Cada um tem sua hora. De certa forma, isso também define um caminho. Todo mundo tem um caminho próprio.

Crença comum: "Eu não acredito que a gente é eterno. Para mim, morreu, acabou. Dizem que se a pessoa crer, acontece. Então a vida após a morte só vai existir para as pessoas que acreditam nisso? Acho que essa lei de crer e acontecer está furada. Se a vida é eterna para quem crê, ela também deveria ser eterna para quem não crê." Leida eternidade: A lei do crer funciona para a qualidade de vida da pessoa, para as coisas que ela gostaria de ter. Para fatos que já aconteceram, para o que está construindo, para o que já está criado, enfim, para o que existe, crer ou não crer não vai alterar nada.

A eternidade e a vida após a morte, mesmo que a pessoa não acredite, são reais. É como a pessoa não acreditar em terremotos quem nunca sentiu um. A pessoa que não acredita na vida após a morte, ao desencarnar, por força de sua crença, poderá passar certo período sem ver nada, ou dormindo.

Mas, a realidade está lá, e mais cedo ou mais tarde ela vai precisar acordar para essa realidade. "É, mas se ela não acreditar que morreu, já que ela se vê viva?" É muito fácil. É só trazer algum parente que morreu muito antes para conversar com ela.

No astral não há nada de misticismo e mistérios, mas muita Ciência e espiritualidade. É um mundo tão concreto e tão real quanto este, apenas vibrando em outra frequência energética.

Toda dor, todo sofrimento, são decorrentes de ilusões, e a ilusão não se sustenta. Um dia ela acaba, já que é uma invenção da sua cabeça. Podemos concluir, assim, que o bem-estar é eterno, porque é baseado em verdades, enquanto o sofrimento é passageiro. Em oudtros termos, o paraíso é eterno, e o inferno é circunstancial.

Crença comum: "Os bons, que ajudam os outros, vão para o céu, e os maus, para o inferno, pela eternidade." Lei da eternidade: Primeiro, não há dor que dure para sempre. Segundo, o conceito de pessoa boa, mormente aqui no Brasil, é aquela que se doa para o próximo, e quanto mais tirar de si para ajudar o outro, mais seu conceito sobe. Há uma diferença radical entre esse tipo de ajuda e a verdadeira ajuda. Antes de tudo, ajudar não é assumir o outro.

Existe uma ciência pra ajudar os outros, senão em vez de ajudar, acaba atrapalhando mais. Muitas pessoas estão com sua casa completamente bagunçada e querem arrumar a dos outros. A verdadeira ajuda começa arrumando-se a própria casa. Assim, a energia boa se propaga, afetando quem estiver em volta.

Para ser uma verdadeira ajuda, você precisa deixar que a pessoa peça, senão é intromissão na vida dela. É falta de educação. Essa mania que você tem de ajudar, de ser bonzinho, acaba atrapalhando, pois tira da pessoa a oportunidade de crescer por si só.

Para ajudar é preciso dar só se estiver sobrando. Não pode tirar de você pra dar ao outro. Se tirar de você, estará dando um recado à vida: "Pode tirar de mim!". Na verdadeira ajuda, todos têm que ganhar. Sentir-se bem é melhor que fazer o bem. Sentir-se bem fazendo o bem é o máximo.

Sacrificar-se pelo próximo faz mal. Quem se sacrifica pelo outro acredita que o sacrifício é um bem. Como a crença é o que conta, a vida sempre vai responder com esse suposto bem, ou seja, com mais sacrifício.

Depois que a pessoa morre, o que conta é o que ela fez para si e não para os outros. Ninguém vai ficar bem por causa dos outros, mas por sua própria causa.

Se você deixar a mente vagueando ao sabor do pensamento, no automático, fatalmente ela tenderá à morbidez e você cairá. Se aí no seu mundo é assim, quando você chegar ao astral piorará, porque a matéria de lá tem mais plasticidade devido à força de coesão dos átomos e moléculas ser menor, fazendo com que as ilusões se materializem mais rápido. Chegando ao astral, tudo continua a mesma coisa, só que mais intensamente, até que a pessoa discipline sua mente e mude suas crenças e atitudes.

Deus não perdoa nem condena ninguém. Tudo que a pessoa fizer, Ele não verá como um erro, mas como uma experiência válida, um aprendizado, pois foi tudo Ele que criou, e Deus não cria nada inútil.

Quem se culpar, se condenar, terá que pagar. É a crença dele. Quem se absolver estará absolvido. Cada qual que use a inteligência que Ele deu da menaira que lhe convier.

Deus não castiga, mas também Deus não protege a ignorância e cada um é responsável pelo que lhe sucede. A única forma de o ignorante aprender é experimentando mais dor. Sem esse estímulo, ele ficaria cada vez mais relapso, relaxado, mimado e sua inteligência, ou capacidade, por mínimas que fosse, não seria estimulada a se desenvolver.

Tudo no universo é troca. Esse negócio de fazer sem interesse é pura balela. Sempre haverá um motivo, uma condição pra pessoa fazer algo por alguém, por isso ninguém faz nada desinteressadamente. O verdadeiro amor liberta.

Portanto, por ocasião da morte, a pessoa leva consigo apenas suas crenças e atitudes. A que acredita no sacrifício, mesmo que seja para o bem do próximo, continuará no sacrifício. A que acredita na alegria, e que seu bem-estar está em primeiro lugar, pois cada um é responsável pelo que de bom ou de ruim ocorre consigo, continuará na alegria.

Crença comum: "Quem luta e quem sofre vai para o céu". Lei da eternidade: Quem acredita na luta vai continuar lutando, e quem valoriza o sacrifício por meio de suas atitudes diárias, acredita no sacrifício e vai continuar se sacrificando. Felizmente, no astral as pessoas continuam aprendendo, e quem tiver um pouquinho de lucidez, vai perceber que a luta e o sacrifício só servem para atrair mais luta e mais sacrifício. Essa pessoa vai precisar mudar seu ponto de vista e suas crenças a esse respeito.

Crença comum: "Graças a Deus ele descansou! Passou desta para melhor". Lei da eternidade: Não é verdade. É exatamente o contrário. Do jeito que a pessoa morre, ela chega no astral. Se morrer doente, com dores, chega lá com a doença e mais sofrimento ainda, porque, além das dores físicas, soma-se a dor da saudade dos familiares que ficaram aqui e a energia densa da dor do lamento dos parentes pela sua morte.

Crença comum: "Quem sacrifica esta vida ganha a outra". Lei da eternidade: Ganha uma vida pior, pois acredita no sacrifício, e a morte não altera as crenças da pessoa. Se o seu sacrifício é feito na intenção de ganhar a outra vida, você está fazendo um péssimo negócio. 

Só conta o que a pessoa faça para si e não para os outros. Caso a pessoa faça para os outros com prazer, aí conta, porque ela acredita no prazer e não no sacrifício. Ajudar é uma beleza, é muito prazeroso e gratificante, desde que seja feito com alegria e satisfação.

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