quinta-feira, outubro 14, 2010

 

Meditações do Osho - 40


Seja o mais silencioso possível. Sente-se cada vez mais em silêncio - e não só em silêncio físico. Este também é útil e cria uma situação, mas ele não é o fim, é apenas o começo. É mais importante que a mente fique em silêncio, que a mente pare de tagarelar. E ela pára - o problema é que nunca tentamos.

Tudo o que é preciso é um processo muito simples: sente-se dentro de si e observe. Deixe a mente fazer todo tipo de truque e apenas observe, sem julgar nem dizer se é bom ou mau, sem escolher nem rejeitar - fique totalmente indiferente, sereno, apenas como um observador. Lentamente, lentamente, se você ficar sereno e indiferente, você pega o jeito.

Primeiro a mente tenta todo tipo de truque conhecido e depois, aos poucos, ela começa a se sentir embaraçada, porque você não se deixa afetar de maneira alguma, nem de um jeito nem de outro. Se você se deixar afetar e ficar contra ela, ela se sentirá perfeitamente à vontade e o perturbará. Por isso, não se coloque contra ela, não lute contra ela, não se torne vítima dos truques dela. Apenas permaneça indiferente.

Muitas vezes você se deixará envolver. Quando perceber isso, solte-se, recomponha-se, comece a observar de novo. Surge um pensamento - observe-o. Ele aparece bem à sua frente - olhe para ele. E ele passa. Observe-o, sem nenhuma idéia sobre ser bom ou ruim, se deveria ou não estar lá, sem nenhuma atitude moral - apenas uma observação serena, científica.

Um dia, de repente, ele não está mais lá, e nesse dia um silêncio tão profundo toma conta de você, como você nunca sentiu antes. E ele nunca mais o abandona, permanece com você, torna-se sua própria alma. É libertador.

Fonte: Osho, Meditações para a Noite, Verus Editora, Campinas-SP, 2006.

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