sexta-feira, novembro 30, 2012
Oscar Quiroga - 1796
Manhã e tarde
De manhã, pratique a sagrada arte da despreocupação, a despeito
de haver montes de preocupações, todas coroadas com o argumento de que
sem atendê-las a vida não poderia continuar, pois nada seria
verdadeiramente sério. A única seriedade que você deve à vida é a de
vivê-la com plena alegria e regozijo, desenvolvendo todas as percepções e
experiências que alma e corpo, em união, produzem. Quando a Lua tiver
ingressado no signo de Câncer, procure orientar seus passos e obras pela
intensidade que os seus sonhos mais lindos produzirem. Enquanto isso, o
mundo detestará você, que se atreve a andar alegre e intenso por aí,
demonstrando o desprezo mediante comentários que diminuam ou
desvalorizem a sua presença.
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quinta-feira, novembro 29, 2012
Oscar Quiroga - 1795
Equívocos predominantes
Ressoa e reverbera ainda a onda de distorções que a ignorância de
nossa humanidade revela através da violência. Essa ignorância nos
amarra a um destino cruel que castiga algozes e vítimas, é a ignorância
dos prejuízos, da falsa moralidade, da severidade que mascara os
cadáveres ocultos no armário, é a ignorância do apego a conceitos
equivocados. Cada época tem seus equívocos predominantes que,
enfrentados e superados, marcam um momento de evolução. Qual seria o
equívoco de nossa época? Vale a pena meditar todo dia sobre essa
questão, observando o mundo e, principalmente, observando nossas
próprias almas subjetivas na relação com esse mundo, nossos anseios,
nossas frustrações, nossas pequenas e grandes crueldades e vilezas
repetidas constantemente sob a justificativa do pragmatismo racional.
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quarta-feira, novembro 28, 2012
Oscar Quiroga - 1794
Lua Cheia eclipsada
Como se faz para manter nossa humanidade desinformada na Era da
Informação? Nada de novo entre o céu e a Terra, o mesmo sistema de
sempre. Você fornece esperanças e delírios de esplendor futuro, você
também fornece um inimigo para odiar e, principalmente, preserva nossa
humanidade desunida semeando cizânia e discórdia através do
aparentemente inofensivo exercício da fofoca. O resto se faz sozinho,
nossa humanidade estimula a si mesma a se manter dentro desse círculo
viciado. Como se faz para que nossa humanidade supere a ignorância em
que se mete por livre e espontânea vontade? Aí mora a quintessência da
Vida, pois não se pode fazer isso, nossa humanidade supera a ignorância
autoimposta quando assim o desejar e por esse processo lutar,
consagrando toda sua energia a esse objetivo.
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terça-feira, novembro 27, 2012
Oscar Quiroga - 1793
Violência
Eis um dia que precisa ser tratado com cautela, pois circula a
leviana violência com que nossa humanidade trata a Vida. O gatilho dessa
fácil violência é sempre uma ponta de irritação que se cobre com
argumentos que a justificam. Como resultado dessa complexa e ensimesmada
trama de argumentos, a alma irritada se vê no direito de despejar sobre
o mundo a crueldade que a atormenta. A fonte da irritação é o cansaço, o
enfado que resultou de engolir pequenos e grandes sapos. Observe sua
própria alma, verifique o momento em que seus pensamentos começam a
adquirir a forma do redemoinho cujo eixo central é fartar-se de abusos,
não querendo mais suportar nenhum. Essa é uma voragem que, se deixada
solta, não será fácil dominar depois, melhor desintegrá-la antes que
ganhe força e se torne independente de sua vontade.
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domingo, novembro 25, 2012
Oscar Quiroga - 1792
Propósitos
Defina um propósito e limitará o infinito. Como o infinito não
tolera limitações, mas ao mesmo tempo as permite, o propósito que você
tiver colocado em marcha inicia os inexoráveis ciclos e períodos de
tempo mediante os quais o infinito temporariamente limitado atinge o
momento de sua libertação, reintegrando-se a si mesmo. Nós lidamos com
propósitos pequenos e, assim, os ciclos de tempo que nos envolvem são
exíguos, porém, há propósitos estelares que estabelecem cifras de tempo
para as quais sequer existe nome em nossa linguagem, e cujas
manifestações espaciais são da ordem de conjuntos de milhares de
galáxias. O processo, contudo, tem a mesma natureza, independente de sua
proporção, funciona do mesmo jeito no infinitesimalmente pequeno e no
infinitamente grandioso, alinhavando o Cosmo inteiro.
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sábado, novembro 24, 2012
Oscar Quiroga - 1791
Descanse
Data estelar: A Lua cresce Vazia no signo de Áries o dia inteiro
Você não precisa resolver absolutamente nada hoje! Considere esta
afirmação com carinho a cada momento em que o mau humor incentivar a
severidade e, com ela, você formular o pensamento de que deve colocar um
fim definitivo a alguma questão que se alastra há muito tempo. Hoje é
dia de descanso, o merecido ócio que sua alma precisa para perceber com a
paz necessária que levita no infinito oceano de Vida, sendo esta a mais
real descrição do panorama em que está inserida. Nós ainda não
recebemos treinamento para navegar com eficiência no infinito oceano de
Vida, mas só pelo fato de isso ser escrito numa coluna de Astrologia,
lança uma pista de que as coisas estão mudando muito mais rapidamente do
que percebemos e, talvez, de um momento para outro, se precipite uma
mudança daquelas.
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sexta-feira, novembro 23, 2012
Oscar Quiroga - 1790
A fofoca
A fofoca não seria possível se nossa humanidade se concentrasse
nas tarefas que precisa desempenhar, nem tampouco a fofoca existiria se
nossa humanidade conhecesse melhor o funcionamento de sua mente, além do
que, a fofoca seria impossível se nossa humanidade não perdesse tempo
desvalorizando os semelhantes e, por último, mas sem encerrar
definitivamente a lista, não haveria fofoca nunca mais se nossa
humanidade abdicasse do equivocado conceito de que seria possível saber
tanto das outras pessoas que isso daria o direito de julgá-las. A fofoca
é uma das tantas vergonhas expostas de nossa humanidade, um joguinho
perverso que incentiva a circulação da ignorância, agregando peso e
dificuldades às pessoas que são alvo delas e, cá entre nós, quem poderia
dizer que está livre de ser alvo da fofoca?
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quinta-feira, novembro 22, 2012
Oscar Quiroga - 1789
Despreocupar-se
Data estelar: a Lua é Vazia o dia inteiro.
Despreocupar-se, esta deveria ser a única obrigação de nossa
humanidade numa dia como hoje. Isso, na prática, seria ir na contramão
da civilização, que nos treinou sistematicamente para nos convencer de
que seríamos importantes e valiosos na mesma medida de nossas
preocupações. Este, porém, é mais um dos diversos sinais de nossa
ignorância, que não é feita de carências de estudo ou nutricionais, mas
de convencimentos equivocados. Nossa humanidade é capacitada para
levitar inteligentemente no infinito e criar mundos e mais mundos,
porém, como ainda temos muito medo do que podemos ser, nos encerramos em
bolhas conceituais feitas de preocupações e moralismos inúteis. Aí vem o
Universo num dia como hoje e derruba tudo sumariamente.
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quarta-feira, novembro 21, 2012
Oscar Quiroga - 1788
Humanidade
Nossa humanidade pensa que é capaz de pensar, mas por enquanto
não domina a arte de pensar e, assim, a maior parte do tempo os
pensamentos que ela supõe pensar, na prática, se pensam sozinhos. Como
resultado, nossa humanidade navega pelo infinito numa nau sem timoneiro,
a esmo, se deleitando com milhões de conjecturas a respeito de seu
destino, mas sendo incapaz de fazer o necessário para assumir o comando
dessa embarcação. Um dia, porém, que é infalível, apesar de poder
demorar milênios, nossa humanidade se cansa de ir e vir sem nunca sair
do lugar e, decidida, assume o controle de sua própria mente para
conduzir os pensamentos numa direção definida. Este é o momento que
marca a saída da humanidade do reino animal.
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terça-feira, novembro 20, 2012
Oscar Quiroga - 1787
A complexidade inevitável
Nossa humanidade é uma entidade complexa do Universo, seu papel é fazer uma ponte inteligente entre os mundos abstrato e concreto. Funcionar nessa complexidade é cansativo, mas pretender levar uma vida sossegada seria andar na contramão da própria natureza. É completamente possível desempenhar essa função em paz, ainda que navegando na tensão da complexidade, porém, abster-se de ser quem nossa humanidade é, esta é a origem do que se deu a conhecer como pecado, a distorção da Lei, que neste caso não é punitiva, mas demonstrativa de como as coisas são. O desconhecimento de como o Universo funciona e de qual é o papel de nossa humanidade é o problema que a civilização precisa resolver quanto antes.
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segunda-feira, novembro 19, 2012
Oscar Quiroga - 1786
Definições e propósitos
As definições conceituais que nossa humanidade elabora sempre
resultam de propósitos, mas nem sempre estes ficam claros, nem sequer
para quem os coloca em marcha. Definir os seres humanos baseando-se no
usufruto da sexualidade, por exemplo, é uma forma de diminuir e
desvalorizar a humanidade, focando suas atividades numa questão que,
colocada em sua devida proporção, não chega a desenhar sequer uma ínfima
parte do que seria um ser humano e o seu funcionamento natural. Definir
um ser humano porque é homossexual, bissexual ou heterossexual é
desvalorizá-lo sumariamente, este é o verdadeiro propósito da definição,
mesmo que oculta. A desvalorização consiste em ressaltar uma ínfima
parte de seu caráter para ocultar a riqueza quase infinita de seus
pensamentos, emoções e atividades.
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domingo, novembro 18, 2012
Oscar Quiroga - 1785
Evolução
A evolução é infalível, porém, no caso de nossa humanidade, não é
automática, precisa ser decidida, promovida, incentivada e sustentada
ao longo do tempo. Em nossa humanidade, a evolução pode ficar estagnada
por períodos enormes até alguma ficha cair e uma verdade se tornar
disseminada o suficiente para que os indivíduos se motivem a ir em busca
de algo que ainda não realizaram, mas que percebem vagamente. A
evolução é sempre motivada por uma limitação, por um constrangimento,
uma falta qualquer que é percebida, porque também é percebido que há
algo além dessa condição. Nesse momento se coloca em marcha a Lei dos
Ciclos, que opera ao longo do tempo a sabedoria das experiências, as
quais, por sua vez, promovem a expansão. Assim acontece a evolução, mas
de novo, no caso de nossa humanidade, esta não é automática.
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sábado, novembro 17, 2012
Oscar Quiroga - 1784
Intimidações várias
Intimida e serás intimidado, a lei do retorno é infalível.
Aproveitar-se de situações em que eventualmente se detém mais força ou
poder para intimidar os que também eventualmente se encontram numa
posição inferior ou mais frágil, eis uma tentação a que poucos resistem,
porque já foram intimidados e veem nisso a oportunidade de vingança. É
possível verificar essa afirmação com muita clareza observando os gestos
e manobras que as pessoas fazem com seus carros para intimidar outros
motoristas, atitudes que certamente não tomariam tão deslavadamente se
estivessem a pé. Essa intimidação é manifestação de força? Não, apenas
de um tipo de medo que é covarde em se assumir como tal, porém, valente
para demonstrar seu contrário.
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sexta-feira, novembro 16, 2012
Oscar Quiroga - 1783
A alma
A alma é o que distingue uma forma da outra no infinito Universo,
é o que torna diferentes os planetas, as estrelas, os reinos da
natureza e cada uma das individualidades. A distinção se faz através das
qualidades e essas resultam da capacidade de fazer conexões. Quanto
mais conexões uma entidade é capaz de fazer, mais brilho ela irradia. O
Sol, por exemplo, conecta através de si todos os planetas de seu sistema
e todas as manifestações visíveis e invisíveis de cada planeta em si
mesmo e de todos entre si. Quanto menos conexões uma entidade fizer,
menos brilho irradiará, existindo ensimesmada, dedicada exclusivamente a
si mesma. A alma é o amor encarnado, a força cósmica que promove e é a
razão de ser das conexões que, apesar de fazer distinções, pela sua
própria natureza as elimina também.
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quinta-feira, novembro 15, 2012
Oscar Quiroga - 1782
Superficialidades
Pouco conhecimento é algo perigoso, dizia o filósofo. Como a alma
humana funciona fazendo conexões através da percepção, algo assim como a
brincadeira de juntar pontos com linhas, e considerando que nos dias de
hoje haja mais pontos para conectar, dado o maior acesso aos meios de
comunicação, se nossa humanidade não se aprofunda minimamente nos temas
sobre os quais se atreve a proferir opiniões acaba acontecendo que as
conexões que estabelece não passam de superficialidades que não
resistiriam a uma análise firme. Porém, como a maioria moderna prefere a
superficialidade e emitir opiniões impensadas, dedicar-se a fazer esse
tipo de análise soa ofensivo. Contudo, a palhaçada das conexões
superficiais continua, tal como a de que a teoria da relatividade de
Einstein comprovaria que não existe o Mal nem o Bem.
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quarta-feira, novembro 14, 2012
Oscar Quiroga - 1781
O MEDO
O medo é a triste história de algo virtuoso que se perverte.
No início o medo é a virtude que protege corpo, mente e emoção daquilo que eventual
mente significaria destruição.
Com o tempo, e pela crescente sofisticação de raciocínios e conexões emocionais que nossa humanidade é capaz de fazer, o medo vai se transformando num complexo esquema de antecipações abstratas, poucas vezes verificadas na prática, o tipo de previsões que nunca se concretizam.
Porém, como o medo é o medo, essas antecipações funcionam eficientemente da mesma forma, paralisando os movimentos e limitando severamente o processo de crescimento.
Alguns são derrubados pelo medo, outros alimentam violência com o mesmo medo, para todos o medo poderia ser dispensável a maior parte do tempo.
Com o tempo, e pela crescente sofisticação de raciocínios e conexões emocionais que nossa humanidade é capaz de fazer, o medo vai se transformando num complexo esquema de antecipações abstratas, poucas vezes verificadas na prática, o tipo de previsões que nunca se concretizam.
Porém, como o medo é o medo, essas antecipações funcionam eficientemente da mesma forma, paralisando os movimentos e limitando severamente o processo de crescimento.
Alguns são derrubados pelo medo, outros alimentam violência com o mesmo medo, para todos o medo poderia ser dispensável a maior parte do tempo.
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terça-feira, novembro 13, 2012
Oscar Quiroga - 1780
A bolha e o infinito
Normalmente a alma humana navega pelo mistério da Vida encerrada
numa bolha existencial que serve de defesa contra a verdade de levitar
no infinito, sem referências tais como em cima, embaixo, à direita ou à
esquerda. A bolha existencial agrada e supostamente protege, porém,
também aprisiona, pois é artificial. Contudo, nós a identificamos como
nossa e a ela nos apegamos tanto que quando chega a hora de superar os
limites da bolha consideramos que algo errado aconteça. Na verdade, o
equívoco consiste em resistir ao processo de crescer mental, emocional e
fisicamente num ritmo que torna infalível o momento de destruir essa
bolha existencial para nos inserirmos em conjuntos maiores e mais
sofisticados, estabelecendo conexões que tendem ao infinito.
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segunda-feira, novembro 12, 2012
Oscar Quiroga - 1779
INQUIETAÇÃO
É propício inquietar-se porque a existência está distante dos ideais que orientam a busca.
A inquietação, nesse caso, é o bom sinal de que a alma ainda pers
iste
nessa busca e que experimenta momentos de desassossego ao contemplar o
quanto falta e o quanto as circunstâncias drenam tempo e energia sem dar
em troca nada que sirva ao propósito.
A inquietação é sagrada, se refere à vaga sensação de que algo não está certo, como uma experiência estranha num sonho no qual a alma se pergunta a razão de participar de tal situação, identificando que nada tem a ver com essa.
Porém, mesmo a inquietação sendo positiva, em si ela nada resolve, apenas serve para apontar que algo precisa ser feito.
Esse algo a ser feito, contudo, não será processado automaticamente, cada alma terá de ir além da inquietação.
A inquietação é sagrada, se refere à vaga sensação de que algo não está certo, como uma experiência estranha num sonho no qual a alma se pergunta a razão de participar de tal situação, identificando que nada tem a ver com essa.
Porém, mesmo a inquietação sendo positiva, em si ela nada resolve, apenas serve para apontar que algo precisa ser feito.
Esse algo a ser feito, contudo, não será processado automaticamente, cada alma terá de ir além da inquietação.
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domingo, novembro 11, 2012
Oscar Quiroga - 1778
A lei e os livros
Aproxima-se o necessário momento em que as religiões humanas
terão de se reunir com o coração aberto e pleno de boa vontade para
verificar se o apego à letra das escrituras sagradas promove resultados
benéficos ao mundo humano ou não. Suspeito que aqueles que foram
mordidos pela dúvida a respeito da utilidade literal, mas temem se
desapegar das escrituras, são os que promovem nos seus sermões a infusão
do medo e, consequentemente, promovem também a violência, pois, as
pessoas, quando paralisadas pelo medo e a culpa, deixam de progredir e
se tornam ameaças ambulantes para seus semelhantes. A desobediência à
letra torna-se justa e legítima diante da evidência de que o apego a ela
promoveria injustiça e violência. A Lei do Altíssimo não está nos
livros, mas no coração de nossa humanidade.
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sábado, novembro 10, 2012
Oscar Quiroga - 1777
O Cosmo
O processo evolutivo individual equivale ao processo cósmico da
evolução, há várias formas poéticas e científicas de descrever essa
realidade. Assim, você deve dar por sabido que aquilo que você busca
está também buscando você, e se a sua percepção do que você busca é
ainda vaga e imprecisa, isso é assim porque sua presença também é vaga e
imprecisa para aquilo que está buscando você. Como superar esse andar
pelas brumas da realidade? Tornando a própria luz mais forte e intensa,
fazendo com que se irradie a cada dia de forma mais firme, sustentando-a
através de ações boas, belas e verdadeiras. Uma vez que a luz do
coração se irradie com firmeza, sua presença será percebida e, por sua
vez, você perceberá que aquilo que você buscava nunca esteve longe, pois
não era nada além de você mesmo, o Cosmo.
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sexta-feira, novembro 09, 2012
Oscar Quiroga - 1776
O ciclo espiritual
Você pressente que há Algo Maior do que você, não sabe explicar o
que seria isso, mas é nessa direção que seus pés se orientam na busca
de consolo quando as circunstâncias se tornam tão adversas que sua
inteligência não sabe como lidar com elas. Essa busca de consolo pode se
tornar um vício no qual estaciona muita gente, pedindo constantemente
algo. Há também os que se cansam de buscar consolo e começam a
transformar essa busca em autoconhecimento e, nesse, uma forma de
melhorar como seres humanos. Por fim, uma vez minimamente melhorados, os
seres humanos transformam sua busca espiritual numa forma de servir e
ajudar àqueles que buscam consolo. É por isso que, sempre, por trás da
desgraça está a força que um dia você assumirá.
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quinta-feira, novembro 08, 2012
Oscar Quiroga - 1775
Coisas boas
É insuficiente desejar ardentemente que coisas boas aconteçam, há
de se tomar a atitude de fazer coisas boas, belas, verdadeiras e
vibrantes a maior parte do tempo. A consciência de nossa humanidade
ficou aprisionada no equivocado conceito de a vida ser o que acontece a
ela; essa é apenas uma parte da verdade, e não a mais importante.
Enquanto isso, se nossa humanidade assumisse seu lugar e tomasse as
rédeas do destino em suas mãos, abandonaria imediatamente o lugar da
espera por situações boas que o misterioso destino arquitetaria, e dessa
forma superaria o vício de ficar esperando pela sorte. Nesse momento
ela se ergueria sobre seus próprios pés e começaria a fazer no mundo
tudo que desejaria que lhe acontecesse. Aí, sim, o mundo ia começar a se
parecer com o sonho imaginado.
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terça-feira, novembro 06, 2012
Oscar Quiroga - 1774
O papel humano
As contrariedades ocorrem com muita maior frequência e
intensidade do que as circunstâncias que propiciam facilidade no andar e
progresso. Porém, mesmo assim, enquanto a evolução procede, a matéria
densa com que a consciência humana se identifica e que aprisiona o
melhor de si vai se tornando cada vez mais diáfana, vai se purificando.
Esse processo é infalível e se manifesta ciclicamente, alternando
períodos em que a densidade dessa prisão material se torna tão difícil
de superar que nossa humanidade imagina ter sido tudo em vão, e que não
lhe restaria alternativa a não ser se entregar ao desânimo, violentando
com isso suas legítimas aspirações. É nesses momentos que nossa
humanidade é chamada a cumprir seu papel cósmico.
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segunda-feira, novembro 05, 2012
Oscar Quiroga - 1773
NA PERSPECTIVA CERTA
Do ponto de vista objetivo, as condições astrológicas deste momento não configuram a melhor condição de começar uma semana útil.
Por isso, melhor declará-la inútil o mais rapidamente possível, preferindo
adotar uma postura despreocupada e leve diante de tudo e de todos,
especialmente diante da irritação das pessoas que, desavisadas, teimam
em continuar fingindo que são elas, e não a natureza ou o Algo Maior,
que devem estar no domínio de tudo.
Assim começa sempre a
decadência, na atitude prepotente de o ser humano se autointitular
centro do Universo, dono do mundo, Senhor da Vida.
Coloque você
esse discurso na perspectiva cósmica e fará o mesmo efeito de um grão de
areia vociferando que a praia é propriedade exclusiva dele.
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domingo, novembro 04, 2012
Oscar Quiroga - 1772
Mais uma longa Lua Vazia
Data estelar: A Lua míngua Vazia o dia inteiro
A despreocupação é um exercício sagrado, pois resulta num estado
de ânimo alegre que atrai todo tipo de bênçãos, as quais nunca se
circunscrevem a uma pessoa só, mas se irradiam em benefícios para todas
as pessoas próximas, sejam conhecidas ou não. Humanos preocupados,
esmagados sob o peso de suas tensões e falta de resolução são também
humanos que criam dificuldades para todas as pessoas próximas,
conhecidas ou não. Independentemente de quão graves sejam os problemas
que alguém esteja sofrendo, nada indica que persistir no estado de ânimo
acabrunhado signifique avanço ou melhoria. Pelo contrário, só com
alegria e despreocupação se avançaria. Todo período de Lua Vazia é uma
oportunidade de praticar a sagrada arte da despreocupação e, assim,
contribuir para melhorar o mundo.
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sábado, novembro 03, 2012
Oscar Quiroga - 1771
Tudo é permitido
Aqui, na Terra de nossa humanidade, tudo é permitido, porém, nem
tudo é conveniente. Nossa humanidade é incentivada a decidir, no âmbito
do livre-arbítrio, a conveniência do que necessita ou não ser feito. Aí
começa a confusão, mas também emerge a questão de ser fundamental que
nossa humanidade desenvolva a capacidade de pensar por si mesma,
independente das opiniões reinantes que, sempre barulhentas, abafam o
imprescindível processo de pensar além de nós mesmos, pensar no conjunto
maior e mais sofisticado em que nossas existências individuais se
processam. Quem pensa, não opina; quem opina, não pensa. A democracia
não se faz com opiniões, mas com ideias, e ideias não são discussões
sobre gostos ou desgostos, são abrangentes e suas realizações promovem o
bem comum.
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sexta-feira, novembro 02, 2012
Oscar Quiroga - 1770
Longos períodos de Lua Vazia
Data estelar: A Lua míngua vazia o dia inteiro
Estamos na época em que ocorrem com frequência longos períodos de
Lua Vazia, dispondo a oportunidade de nossa humanidade sincronizar a
consciência com essa vaga sensação de haver Algo Maior em andamento.
Ninguém deve saber com precisão o que é esse Algo Maior, a mera suspeita
é forte o suficiente para motivar a busca e somente isso importa,
buscar, pois, quem busca, encontra; quem não busca, estaciona em
preconceitos. Durante muito tempo, dois terços da realidade, que são
perceptíveis porque desejam ser percebidos, foram banidos do conceito
oficial de realidade; a subjetividade e a vaga sensação de haver Algo
Maior. A sequência de longos períodos de Lua Vazia confronta nossa
humanidade com a falta de devida atenção a essas realidades, sem as
quais a valorizada objetividade nada seria.
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quinta-feira, novembro 01, 2012
Oscar Quiroga - 1769
Nada de fim de mundo!
Rápido como veio, vai indo embora também; este ano pareceu passar
velozmente, porém, foi intenso e profundo e, podem acreditar, o fim do
mundo decepcionará como tantas outras vezes, brilhará pela ausência e
promoverá explicações inusitadas dos que prometeram que deste ano não
passaria. O fim do mundo é um desejo humano, pois nos ultraja a
convivência com realidades que nos diminuem, porém, ainda que revestido
de argumentos dignos, esse desejo é egoísta e, por isso, pequeno. Do
ponto de vista cósmico, tudo continua se processando da melhor forma
possível e as novas gerações recebem um panorama mais amplo e livre,
ainda que complexo. Com a mão no coração, ninguém poderia afirmar que a
vida humana hoje em dia seria pior do que a do tempo da Babilônia ou a
do Império Romano.
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