segunda-feira, janeiro 31, 2011
Mensagem de Mãe Maria
Amados Filhos,
Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.
Este é um ano decisivo para a consolidação de vossas preparações rumo a um novo patamar de evolução.
É hora, pois, de acelerar vossos processos de purificação.
Vossos pensamentos precisam ser refinados, vossos corpos físicos precisam ser purificados, vossas ações precisam refletir a vontade de vossas almas.
Mãos à obra, esta é a tônica do momento.
Começai por vossos pensamentos, e procurai estardes alerta para quais deles se direciona vosso foco. Onde colocais vossa atenção, amados?
Lembrai-vos que vossa realidade se origina em vossos pensamentos, e cada vez mais, por força da alteração do eixo magnético de vossa Mãe Terra, o que pensais, criais.
Vigiai, pois, vossos pensamentos, continuadamente, perguntando-vos sempre para qual realidade quereis direcionar vossas atenções e vossas energias. Lá está vosso mundo, lá está o dia a dia que vivenciarás por vontade própria. Essa é a verdade que impera em vosso mundo, eis que foram todos vós dotados de livre-arbítrio.
É tempo, também, de poupar vossas energias, estejam elas direcionadas para vossos corpos físico, emocional ou mental.
O corpo, a mente e o coração precisam de descanso, precisam dessa ajuda para mergulharem no silêncio que fala, o silêncio onde a alma se manifesta soberana e expressa sua vontade, para tornar possível a concretização do vosso propósito nesse mundo da ilusão.
Cuidai com carinho de vosso corpo físico, dando-lhe o descanso que ele tanto necessita neste tempo.
Tratai-o com reverência, alimentando-o com alegria e contentamento, oferecendo a magia da música para vossos ouvidos e imagens repousantes para vossos olhos.
Deixai que vosso tato e vosso olfato possam interagir com a Mãe Natureza, permitindo-vos tocar tudo que tem vida, absorvendo seus aromas, reverenciando sua beleza, expandindo a força do vosso coração para abraçá-los, buscando a tão almejada integração com todos os reinos que habitam vossa Mãe Terra.
Recusai alimentos que não contêm vida, aqueles criados pela interferência do ser humano, aqueles que não se originaram pela vontade do Pai, mas, sim pela manipulação do homem.
É momento, pois, de imprimir mudanças substanciais em vossas dietas diárias, para que a luz encontre espaço para preencher vossos recipientes.
Começai introduzindo muita água nos intervalos de vossas refeições.
Buscai, em seguida, substituir vossa última refeição sólida de cada dia por uma líquida.
Quando vossos corpos se habituarem a essas mudanças, introduza em vosso cardápio uma refeição onde todos os componentes ingeridos sejam crus.
Desprezai, paulatinamente, todos os ingredientes de vossa alimentação diária que contenham qualquer tipo de conservante que não seja natural.
Passo a passo, dia após dia, transformai o ato de comer naquilo que ele verdadeiramente é em essência – o ato sagrado cuja finalidade é ajudar vosso corpo físico a transformar o alimento em luz, para que a luz possa alimentar vosso espírito, fortalecendo mais e mais vossa conexão com o Divino.
É tempo de compreenderdes que a qualidade do alimento que ingeris vai tornar possível sua transformação em energia sutil ou densa.
A energia sutil eleva vossos corpos, enquanto que a energia densa entope vossos canais de conexão com o mundo superior, o que vos impede de elevardes vossa freqüência vibratória no nível necessário para que possais concluir a reconstrução de vossos corpos de luz.
Atentai, amados, atentai para a realidade que quereis criar, Eu vos alerto mais uma vez.
Este é um momento crucial para consolidar vossas transformações.
Corpos sãos, mentes sãs, emoções equilibradas. Sem concluirdes esta etapa de vossa jornada, a unidade tão almejada será só um sonho não concretizado, como sonho também será o despertar da mente superior, aquela que vos permite a conexão com a Mente de Deus para, finalmente, voltar a ser um com o Pai Criador.
Bem amados, a cada dia vosso tempo se torna mais escasso; não desperdiceis, pois esse precioso presente que recebeste ao encarnar no mundo da ilusão – o tempo físico, tempo que vos possibilita a compreensão e a correção de todos os vossos pensamentos, sentimentos e ações não condizentes com a herança de que sois portadores, e que vos permite ser e atuar no mundo como um Filho da Luz.
Bem amados, que vossas preciosas orações atuem em todo o inconsciente coletivo da humanidade para ajudar todos os vossos irmãos a despertar do sono prolongado que os mantém ainda separados do Pai Criador.
Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.
SP-30/01/2011 - Mensagem de Mãe Maria-01-2011 canalizada por Jane M. Ribeiro.
Marcadores: Mãe Maria
Cure-se TODOS os Dias
A cada 24 horas praticamos um grande número de agressões contra nosso corpo, porque vivemos em uma sociedade patogênica. Devido a isso, com o passar do tempo, nosso corpo vai acumulando problemas que irão diminuindo a eficiência de seu uso. Veja uma pequena lista dessas agressões:
1. Alimentação bucal inadequada, que inclui comidas cozidas e industrializadas.
2. Alimentação mental inadequada, que inclui leituras de jornais, ver televisão, ouvir rádio, conversar com pessoas pessimistas, etc. Isso pode gerar estresse (stress, tensão) excessivo, com consequências danosas ao corpo.
3. Poluição do ar e sonora
4. Bloqueios do contato do corpo com o ambiente, através do uso de roupas e calçados, o que dificulta a respiração cutânea (tão importante quanto a pulmonar).
Porém, durante cada 24 horas, também fazemos algumas coisas a favor de nosso corpo, o que nos possibilita vivermos algumas dezenas de anos. Uma dessas coisas benéficas, é o nosso jejum diário que fazemos enquanto estamos dormindo: exatamente por isso, a nossa primeira refeição do dia é chamada de desjejum. Enquanto dormimos, não atrapalhamos o corpo e ele tem condições de iniciar uma limpeza interna, fazendo com que nos levantemos da cama nos sentindo melhor do que quando fomos dormir.
Uma forma de colaborar para uma maior limpeza do corpo é extendermos o jejum diário noturno por mais tempo, inclusive por alguns dias seguidos. Quando isso é feito, ocorre algo que leva muitas pessoas a desistir desse processo de limpeza, que é um desconforto temporário que amedronta muita gente. Por que ocorre esse desconforto?
O que ocorre é o seguinte: durante o jejum, a energia que seria utilizada em outras atividades é canalizada pela inteligência do corpo para fazer uma faxina interna. Essa faxina consiste em desalojar substâncias extranhas ao corpo (toxinas e microorganismos patogênicos) para que elas sejam expelidas do corpo (via intestino, bexiga e pele/mucosas). O deslocamento das toxinas até o local de sua expulsão é feita pelos sistemas circulatório e linfático. Quando as toxinas estão em trânsito nesses sistemas, nos sentimos desconfortáveis. Este é o preço que devemos pagar para nos livrarmos dos erros cometidos no passado contra o nosso corpo. Porém, Deus é bondoso: o tempo de desconforto para eliminar problemas é muito menor do que o tempo que levamos contruindo os problemas corporais correspondentes.
Uma outra forma de colaborar com o nosso corpo é ingerir bucalmente substâncias adequadas, como frutas cruas. Existem outros elementos (como água, água oxigenada) que podemos ingerir para colaborar com o processo de limpeza interna de nosso corpo. Nesse sentido, um leitor deste blog me sugeriu a ingestão de uma certa substância que irei testar e informarei do resultado posteriormente.
Marcadores: agressões, corpo, jejum, toxinas
Oscar Quiroga - 1174
EM NOME DE MAIOR HARMONIA
Marcadores: Quiroga
domingo, janeiro 30, 2011
Oscar Quiroga - 1173
INTERVENÇÕES CÓSMICAS
Marcadores: Quiroga
sábado, janeiro 29, 2011
A Alegria
Normalmente, o que consideramos como alegria não é alegria; no máximo se trata de entretenimento, e é apenas uma maneira de evitar a si mesmo, de intoxicar a si mesmo, de mergulhar em algo para que você possa se esquecer da sua infelicidade, de sua preocupação, de sua angústia, de sua ansiedade.
Todos os tipos de entretenimento são considerados como sendo alegria, mas eles não são! Tudo o que vem de fora não é alegria, não pode ser; tudo o que depende de algo externo não é alegria, não pode ser. A alegria surge de sua própria essência; ela é absolutamente independente de qualquer circunstância externa. E ela não é uma fuga de si mesmo, mas é realmente encontrar a si mesmo. A alegria surge apenas quando você chega em casa.
Assim, tudo o que é conhecido como alegria é apenas o contrário, o diamentralmente oposto, e não é alegria. Na verdade, por não ter alegria, você procura os entretenimentos.
Aconteceu de um dos maiores romancistas russos, Maxim Gorki, visitar os Estados Unidos. Foi-lhe mostrado todos os tipos de divertimentos que os americanos criaram para se entreterem, para se perderem. O seu guia esperava que ele ficasse muito feliz, porém, quanto mais Maxim Gorki via o que o guia lhe mostrava, mais infeliz e triste ele parecia.
O guia lhe perguntou: "O que há? Você não pode entender?"
Maxim Gorki respondeu: "Posso entender, e é por isso que estou me sentindo triste. Este país não deve ter qualquer alegria; senão, não haveria necessidade de tantos entretenimentos".
Somente uma pessoa sem alegria precisa de entretenimento. Quanto mais o mundo fica sem alegria, mais precisaremos de televisão, de cinemas, de jogos de futebol, de cidades enfeitadas e mil e uma coisas. Precisamos cada vez mais de bebidas alcoólicas, cada vez mais de novos tipos de drogas, apenas para evitar a infelicidade na qual estamos, apenas para não encarar a angústia na qual estamos, apenas para, de alguma maneira, nos esquecermos de tudo. Mas, ao esquecer, nada é alcançado.
Alegria é entrar em seu próprio ser. No começo é difícil, árduo; no começo você terá de encarar a aflição. O caminho é enorme, porém, quanto mais você penetrar nele, maior será o pagamento, maior será a recompensa.
Quando você aprender a encarar a sua infelicidade, você começará a ser alegre, pois, nesse próprio encarar, a infelicidade começa a desaparecer e você começa a ficar cada vez mais integrado.
Um dia a infelicidade estará presente, e você a encarará - e, de repente, a quebra: você pode perceber a infelicidade separada de você e você separado dela. Você sempre esteve separado; ela era apenas uma ilusão, uma identificação que você teve. Agora você sabe que você não é isso; então há um acesso de alegria, uma explosão de alegria.
Fonte: Osho, Alegria - A Felicidade que Vem de Dentro, Editora Cultrix, 2006. ISBN 978-85-316-0887-2.
Marcadores: alegria, diversão, entretenimento, infelicidade, Osho
Mensagens da Brahma Kumaris - 20
Pensamentos
| |
“Ao manter constante um pensamento, mais poder dou a ele. Pensamentos positivos dão energia e força. Pensamentos negativos roubam poder e geram cansaço. Eu não posso controlar os outros, as situações ou as circunstâncias, mas definitivamente eu posso controlar o que está acontecendo dentro de mim. Eu mudo através da escolha consciente dos pensamentos. Ao mudar um pensamento fraco por um forte, eu elevo minha energia. Leva tempo para mudar velhos padrões de pensar, mas a boa notícia é que somos positivos por natureza.” - BK Jyotsna, Inner Synergy, The World Renewal, 2009 |
Marcadores: Brahma Kumaris, pensamento
Oscar Quiroga - 1172
DOIS MUNDOS
Marcadores: Quiroga
sexta-feira, janeiro 28, 2011
Pensamento do Dia
Argumento a favor de nossa imortalidade física:
"Nascer não é um crime e portanto por que haveria uma pena de morte sobre nós?"
"Being born is not a crime so why the death sentence?"
Marcadores: imortalidade física, pena de morte, pensamento
Oscar Quiroga - 1171
EXCESSO DE TEORIA
Marcadores: Quiroga
quinta-feira, janeiro 27, 2011
Mensagens da Brahma Kumaris - 19
Relacionamentos
“Bons relacionamentos são baseados em boa comunicação. São os bons sentimentos que possibilitam esse tipo de comunicação. A habilidade de saber ouvir atentamente com apreciação é uma forma de promover esses sentimentos genuínos. Ouvir não é algo passivo mas uma atitude ativa de dar respeito e espaço aos outros, permitir que eles se expressem abertamente e calmamente. Ouvir é um ato de amor. Pode parecer simples mas o impacto desse ato nos relacionamentos é surpreendente”.
Marcadores: Brahma Kumaris
Os Loucos
Existe um método do Tantra que consiste em olhar para o espaço, para o céu, sem nada ver. Olhar com os olhos vazios. Olhando e, ainda assim, não procurando algo para ver: apenas um olhar vazio.
Às vezes você vê um olhar vazio nos olhos de um louco - os loucos e os sábios parecem-se, em certos aspectos. Um louco olha para o seu rosto, mas você percebe que ele não está olhando para você. Ele apenas olha através de você, como se você fosse feito de vidro transparente. Você apenas está no caminho dele, mas ele não está olhando com interesse para você. Para ele, você é transparente. ele olha para além de você, através de você. Olha sem olhar para você; o para não está presente, o louco simplesmente olha.
Olhe para o céu sem procurar algo, porque se você procurar algo será possível que surja uma nuvem: "algo" significa uma nuvem, "nada" significa a vasta extensão do azul-celeste. Não procure nenhum objeto. Se você procurar um objeto, o próprio ato de olhar criará o objeto; uma nuvem aparecerá e, então, você olhará para ela. Não olhe para as nuvens. Mesmo que haja nuvens, não olhe para elas - olhe, simplesmente. Deixe que elas flutuem, pois elas estão ali. Até que chega um momento em que você se sincroniza com esse olhar tipo não-olhar: as nuvens desaparecem para você, só o vasto céu permanece. Isso é difícil, porque seus olhos estão focalizados e sincronizados para olhar as coisas.
Olhe para uma criança pequena, no dia em que ela nasce. Ela tem os mesmos olhos de um sábio - ou de um louco: soltos e flutuantes, sem se focarem em nada em especial. Ela pode trazer ambos os olhos para o centro, deixar que eles flutuem para os cantos opostos, seus olhos ainda não estão fixos. Seu sistema é líquido, seu sistema nervoso ainda não é uma estrutura, tudo é flutuante. Assim, uma criança olha as coisas sem olhar, é o olhar de um louco. Observe a criança: o mesmo olhar é necessário a você porque você deve conseguir, de novo, uma infância.
Observe um louco, porque o louco é alguém que saiu fora da sociedade. A sociedade significa o mundo fixo dos papéis, dos jogos estabelecidos. Um louco é louco porque agora ele não tem papel fixo, saiu de seu papel (esperado), é um perfeito desaparecido. Um sábio também é um perfeito desaparecido, em uma dimensão diferente. Ele não é louco; na realidade, é a única possibilidade de sanidade pura. Mas o mundo inteiro é louco, fixo - por isso o sábio também parece louco. Observe um louco: esse é o olhar necessário.
Nos reinos da antiguidade, sempre era colocado um louco na corte do rei: ele era chamado de "Bobo da corte" (ou Coringa) e tinha liberdade para falar e fazer o que quizesse, algo que ninguém mais da corte tinha (essa liberdade de se exprimir). Isso era algo sábio, pois a opinião do Bobo era independente da corte e poderia apontar direções de ações não cogitadas pela realeza.
Nas antigas escolas de sabedoria do Tibete havia sempre um louco, só para que os inquiridores pudessem observar seus olhos. O louco era muito importante. Procuravam-no porque um mosteiro de prestígio não podia existir sem um louco. Ele tornava-se objeto a ser observado. Os inquiridores observavam o homem, seus olhos, e, então, tentavam olhar para o mundo como o louco olhava. Eram, aqueles dias, muito belos.
No Oriente, os loucos nunca sofreram como sofrem no Ocidente. No Oriente eles eram valorizados, um louco era algo especial. A sociedade cuidava dele, respeitava-o, porque o louco tem certas características de sábio, certas características de criança. Ele é diferente da chamada sociedade, da cultura, da civilização; saiu para fora de tudo isso. Naturalmente, caiu. Um sábio se evade para cima, um louco, para baixo - essa é a diferença - mas ambos se evadem da sociedade convencional. E tem similaridades. Observe um louco e, então, tente deixar que seus olhos permaneçam fora de foco, como eles.
Fonte: Osho, Tantra: A Suprema Compreensão, Editora Cultrix, 1992. ISBN 85-316-0364-1.
Marcadores: bobo, coringa, crianças, loucura, olhar, Osho, sábio, Tantra
Oscar Quiroga - 1170
NOSSA HUMANIDADE TEÓRICA
Marcadores: Quiroga
quarta-feira, janeiro 26, 2011
Mensagens da Brahma Kumaris - 18
Amor
“Amor é a forma mais elevada de energia que preenche a alma humana. Amor é liberdade. Amor não discrimina, amor inclui, sempre. Por isso nunca pode ser egoísta. O amor possui extraordinário poder curativo capaz de mudar completamente a vida de muitos. Amor é o estado verdadeiro e original da alma. A necessidade do momento é relembrar esse estado amoroso de ser”.
Marcadores: amor, Brahma Kumaris
Oscar Quiroga - 1169
MENTIRAS E IMPOSTOS
Marcadores: Quiroga
terça-feira, janeiro 25, 2011
Os Pensamentos
Os pensamentos são coisas, forças e você deve manejá-los com muito cuidado. Habitualmente, sem disso estar consciente, você segue pensando em tudo. É difícil encontrar uma pessoa que não tenha cometido muitos assassinatos em pensamento, é difícil encontrar uma pessoa que não tenha cometido toda sorte de pecados e crimes dentro da mente - e esses pensamentos podem se concretizar. E lembre-se, você pode não ser um assassino, mas o fato de você pensar constantemente no assassinato de alguém, pode criar uma situação através da qual essa pessoa seja assassinada. Alguém pode tomar o seu pensamento, porque há pessoas mais fracas do que você em toda parte e os pensamentos fluem como a água: para baixo. Se você pensa constantemente em alguma coisa, alguém que é fraco pode tomar o seu pensamento e matar alguém.
Por isso é que os que conheceram a realidade interior do ser humano dizem que, seja o que for que aconteça nesta terra, a responsabilidade é sempre de todas as pessoas, de todas as pessoas. Só um tipo de pessoa não pode ser responsável: aquela pessoa que não tem mente. Exceto nesse caso, todas as pessoas são responsáveis pelo que acontece. Se a terra é um inferno, você é o criador dele; você participa nisso.
Não continue a atirar a responsabilidade sobre os outros - você também é responsável, pois isso é um fenômeno coletivo. Uma doença pode borbulhar em qualquer lugar do mundo, a explosão pode acontecer a milhares de quilômetros de distância do ponto em que você está, mas isso não faz qualquer diferença, porque o pensamento é um fenômeno não-espacial, não precisa de espaço (entre geração e correspondente manifestação).
Por isso é que o pensamento é o mais rápido dos viajantes. Nem mesmo a luz desloca-se tão depressa como o pensamento, porque até para a luz, há necessidade de espaço. O pensamento é o mais rápido viajante. Na verdade, o pensamento não usa o tempo para viajar, para ele o espaço não existe. Você pode estar aqui, pensando em alguma coisa, e o que você pensa pode acontecer no outro lado do mundo. Como você pode ter sido o responsável? Tribunal algum deste mundo pode lhe punir, mas no tribunal definitivo da existência você será punido - você já está sendo punido! Exatamente por isso é que você se sente infeliz.
Há pessoas que vêm a mim e dizem: "Nós nunca fizemos nada de mal a ninguém, e, ainda assim, somos muito infelizes". Elas podem não ter feito nada de mal, mas podem ter pensado algo negativo - e o pensamento é mais sutil do que a ação. Uma pessoa pode proteger-se da ação, mas geralmente não pode proteger-se do pensamento. Ao pensamento todos são vulneráveis.
"Não-pensar" é uma necessidade absoluta, se você quer ficar completamente livre do pecado, livre do crime, livre de tudo o que se passa em torno de você - e isso significa ser um Buda.
Um Buda é uma pessoa que vive sem a mente, de forma a não ser responsável pelos acontecimentos. No Oriente, dizemos que tal pessoa nunca acumulou karma, nunca acumulou qualquer complicação para o futuro. Ele vive, caminha, move-se, come, fala, faz muitas coisas, de forma que deveria acumular karma, porque karma significa atividade. Mas, no Oriente, diz-se que, ainda que um Buda mate, ele não acumulará karma. Por que?
É simples: o que quer que um Buda esteja fazendo, ele o faz sem colocar naquilo a mente.
Ele é espontâneo, não é atividade.
Ele não está pensando naquilo, mas aquilo acontece.
Ele não é o que realiza a ação.
Ele se move como um vazio.
Ele não tem mente para aquilo, não estava pensando em fazê-lo.
Mas, se a Existência permite que aquilo aconteça,
ele deixa que aconteça.
Ele já não tem o ego para resistir,
já não tem o ego para fazer.
Este é o significado do estar vazio, do não-eu: ser, apenas, um não-ser, anatta, "não-personalidade". Então, você nada acumula. Então, você não é responsável por coisa alguma que aconteça em torno de você. Então, você transcende.
Cada pensamento isolado cria algo para você e para os outros. Portanto, fique alerta!
Mas, quando eu digo "fique alerta", não quero dizer que você deve pensar bons pensamentos, não. Porque, sempre que você tem bons pensamentos, simultaneamente você está tendo maus pensamentos. Como pode o bom existir sem o mau? Se você pensa em amor, bem ao lado, por detrás dele, o ódio está escondido. Como você pode pensar em amor, sem pensar em ódio? Você pode não pensar conscientemente, o amor pode estar na camada consciente de sua mente,mas o ódio estará escondido no inconsciente - ambos se movem juntos.
Sempre que você pensa em compaixão, também pensa em crueldade. Você pode pensar em compaixão, sem pensar em crueldade? Pode pensar em não-violência, sem pensar em violência? Mesmo na expressão não-violência, a violência está presente, no próprio conceito. Pode pensar em celibato, sem pensar em sexo?
Não; há uma qualidade totalmente diferente de ser, que vem com a prática do não-pensamento: nem bom, nem mau, simplesmente um estado de não-pensamento. Você simplesmente observa, você simplesmente permanece consciente, mas não pensa. E, se algum pensamento surgir... e ele surgirá, porque os pensamentos não são seus, eles estão flutuando no ar... Em derredor, há uma esfera-de-percepção, uma esfera-de-pensamento. Como existe o ar, existe também o pensamento em torno de você, e ele vai penetrando em você por sua própria vontade. Ele só deixará de fazer isso, assim que você se tornar mais perceptivo. Se você se torna mais e mais perceptivo, o pensamento simplesmente desaparece, desfaz-se, porque a percepção é uma energia maior que o pensamento.
A percepção é como fogo para o pensamento. É algo como quando uma lâmpada é acesa em sua casa, e a escuridão não pode entrar. Você apaga a luz e, num momento, a escuridão penetra - vem de toda parte, sem a menor demora. Se há uma luz acesa na casa, a escuridão não pode entrar. Os pensamentos são como a escuridão: só entram se não houver luz lá dentro (de você). A percepção é o fogo (purificador): você se torna mais perceptivo e os pensamentos entrarão cada vez menos.
Se você se tornar realmente integrado com a sua percepção, os pensamentos não penetrarão absolutamente em você: você se tornou uma fortaleza inexpugnável, nada é capaz de penetrá-la. Não porque você a tenha fechado, lembre-se, você está inteiramente aberto. Apenas ocorre que a própria energia da percepção é que se tornou a sua fortaleza. E, se os pensamentos não podem entrar, eles virão e passarão ao seu lado. Você verá que eles surgem, mas, simplesmente, no momento em que eles se aproximarem de você, eles se desviarão. Então você pode ir a qualquer lugar, então você pode ir para o próprio inferno - mas nada poderá afetá-lo. Isso é o que entendemos por Iluminação.
Fonte: Osho, Tantra: A Suprema Compreensão, Editora Cultrix, 1992. ISBN 85-316-0364-1.
Marcadores: Buda, iluminação, infelicidade, karma, mente, Osho, pensamento, percepção
Oscar Quiroga - 1168
NA PRÁTICA
Marcadores: Quiroga
segunda-feira, janeiro 24, 2011
O Corpo
O ser humano está no corpo, mas não é o corpo. O corpo é lindo, tem de ser amado e respeitado, mas a pessoa não pode se esquecer de que ela não é o corpo, ela é só quem mora nele. O corpo é um templo que o hospeda, mas você não é uma parte dele. Ele é uma contribuição da terra, enquanto você vem do céu. Em você, como em todos os seres encarnados, a terra e o céu se encontram: trata-se de um caso de amor entre ambos.
No momento em que você morre, nada morre de fato. Só quem está de fora tem essa falsa impressão. O corpo volta para a terra para passar por um breve repouso e a alma volta para o céu para ter também um pequeno repouso. Várias outras vezes o encontro acontecerá. De milhões de formas diferentes, o mesmo jogo continuará. É um acontecimento eterno, nunca termina.
No entanto, se alguém fica muito identificado com o corpo, isso cria infelicidade. Se você começar a achar que é o próprio corpo, a vida fica pesada demais. Coisas pequenas passam a incomodar, qualquer dorzinha é forte demais: basta um arranhão para a pessoa ficar agitada e desorientada.
É preciso manter uma pequena distância entre você e o seu corpo. Essa distância é criada quando a pessoa fica consciente do fato de que ela não pode ser o corpo. "Eu estou consciente dele, portanto ele é um objeto da minha consciência, e qualquer coisa que seja objeto da minha consciência não pode ser a minha consciência. Ela está observando, testemunhando e tudo o que é testemunhado está separado de mim".
Quando essa experiência se aprofunda, a infelicidade começa a desaparecer e evaporar. A dor e o prazer se aproximam, o sucesso e o fracasso se tornam a mesma coisa, a vida e a morte já não são diferentes. A pessoa não tem escolha; vive num estado sereno de ausência de escolhas. Essa tem sido a busca de todas as religiões. Nesse estado, Deus desce à terra. Na Índia, nós o chamamos de samádi; no Japão, de satori; os místicos cristãos o chamam de êxtase.
A palavra "êxtase" é muito significativa, quer dizer "movimento para fora". O movimento para fora do seu próprio corpo, com a consciência de que você está separado dele. No momento em que isso acontece, você volta a fazer parte do paraíso perdido: o paraíso é recuperado.
Fonte: Osho, Corpo e Mente em Equilíbrio, Editora Sextante, 2008. ISBN 978-85-7542-349-3.
Marcadores: Alma, corpo, êxtase, Índia, infelicidade, Japão, Osho
Oscar Quiroga - 1167
A VANTAGEM DA ESPÉCIE HUMANA
Marcadores: Quiroga
domingo, janeiro 23, 2011
Relaxamento e Celebração
Pare de perseguir objetivos na vida e passe a celebrar. O relaxamento é a situação em que a sua energia não vai para lugar algum, nem para o futuro nem para o passado: ela fica com você, no aqui e no agora. No casulo silencioso da sua própria energia, em seu calor, você fica aninhado. Esse momento é tudo o que há. Não existe outro. O tempo pára e vem o relaxamento. Se o tempo está passando, não existe relaxamento. O relógio pára, não existe tempo. Este momento é tudo o que existe. Você não pede mais nada, apenas usufrui do momento presente. Coisas comuns são apreciadas porque elas são belas. Na verdade, nada é comum - se Deus existe, tudo é extraordinário.
Há apenas as pequenas coisas... Andar na grama quando as gotas de orvalho ainda não evaporaram e sentir-se totalmente presente - a textura, o toque da grama, o frescor do orvalho, a brisa da manhã, o sol se elevando no céu. Do que mais você precisa para ser feliz? Basta deitar á noite no lençol fresco da sua cama e sentir a textura; sentir o lençol se aquecendo, envolvido pelo manto da escuridão, pelo silêncio da noite. Com os olhos fechados, sinta a si mesmo. Do que mais você precisa? Isso já é demais - uma gratidão profunda brota em você e isso é relaxamento.
Relaxamento significa que este exato momento é mais do que suficiente, mais do que você pediu ou esperava. Não há nada mais a pedir, o que você tem já é mais do que suficiente, é mais do que você poderia desejar - a sua energia não vai para lugar algum. Ela vira um casulo tranquilo. Dentro da sua própria energia, você se dissolve. Esse momento é o relaxamento, que não vem nem do corpo nem da mente; vem do todo. É por isso que os budas nunca se cansam de dizer "Não deseje nada", porque sabem que, se existir o desejo, você não consegue relaxar. Sempre dizem "Enterre os mortos", porque, se você se preocupar demais com o passado, você não consegue relaxar. Sempre dizem "Desfrute deste exato momento".
Jesus disse: "Olhe os lírios do campo. Aprenda com eles - eles não trabalham, porém são mais bonitos e têm mais esplendor do que o rei Salomão. Eles se adornam com um perfume mais delicioso do que o do rei Salomão. Olhe, aprenda com os lírios do campo!".
O que ele queria dizer com isso? "Relaxe! Você não precisa trabalhar duro - na verdade, tudo é providenciado!" Jesus diz: "Se ele olha pelos pássaros do céu, pelos animais, pelas feras selvagens, pelas árvores e plantas, por que se preocupar? Ele não cuidará de você?" Isso é relaxar. Por que se preocupar tanto com o futuro? Olhe os lírios do campo, observe-os e seja como eles - e depois relaxe. O relaxamento não é uma postura, mas uma transformação completa na sua energia.
A energia pode ter duas dimensões. Uma delas é motivada, vai para um determinado lugar, segue um objetivo; o momento presente é só um meio, e o objetivo será um outro lugar que precisa ser alcançado. Essa é uma das dimensões da sua energia, a dimensão da atividade, voltada para um certo objetivo. Nesse caso, tudo é um meio de se conseguir alguma coisa; algo precisa ser feito e você tem de atingir o objetivo, para depois relaxar. Mas, para esse tipo de energia, o objetivo nunca chega, porque ela nunca pára de transformar todo momento presente num meio para chegar a alguma outra coisa que está sempre no futuro. O objetivo está sempre no horizonte. Pode-se correr o tempo todo, mas a distância será sempre a mesma.
Existe também um outro tipo de energia, a celebração desmotivada. O objetivo está aqui, agora; o objetivo não está em algum outro lugar. Na verdade, você é o objetivo. Não há outra realização que não seja o momento presente - aprenda com os lírios do campo. Quando você é o objetivo, quando ele não está no futuro, quando não há nada para se alcançar, basta celebrar esse momento: isso indica que você já o alcançou. Essa energia desmotivada é o relaxamento.
Portanto, para mim, existem dois tipos de pessoa: aquela que quer alcançar objetivos e aquela que celebra a vida. As pessoas voltadas para objetivos são loucas; pouco a pouco, vão ficando malucas e elas mesmas causam essa maluquice. O outro tipo de pessoa não persegue objetivos - não é alguém que esteja em uma busca, mas alguém que celebra.
É isso o que eu ensino: celebre! O que você já tem é até demais: as flores desabrocham, os pássaros cantam, o sol brilha no céu - celebre! Você está respirando, está vivo e tem consciência - celebre! E, então, de repente, você relaxa, a tensão se dissipa e acaba a angústia. Toda a energia que antes gerava angústia agora se torna gratidão: seu coração passa a bater com uma profunda gratidão e isso é uma prece, é a essência de todas as preces.
Não é preciso ter nada para conseguir isso. Só compreenda o movimento da energia, o movimento desmotivado da energia. Ela flui, mas não na direção de um objetivo; flui como uma celebração. Move-se, mas não tem um fim, move-se por causa da sua própria energia transbordante.
Não há lugar algum para ir, isto aqui é tudo. Toda a existência culmina neste exato momento. Toda a existência já está fluindo neste exato momento. Tudo o que existe é o fluir para este momento - aqui e agora. Viva desmotivadamente, deixe que a vida seja só um transbordamento da sua energia. Compartilhe, mas não negocie, não faça barganhas. Dê porque você tem, não para conseguir algo em troca, do contrário você ficará infeliz.
O que é preciso praticar, então? Você deve ficar cada vez mais à vontade. Ficar cada vez mais no aqui e agora. Ficar cada vez mais na ação e cada vez menos na atividade. Ficar cada vez mais oco, vazio, passivo. Ser cada vez mais um observador - indiferente, sem expectativas, sem desejos. Ser feliz consigo mesmo, do jeito que você é. Celebrar.
Fonte: Osho, Corpo e Mente em Equilíbrio, Editora Sextante, 2008. ISBN 978-85-7542-349-3.
Marcadores: ação, atividade, celebração, desejo, Osho, relaxamento
Oscar Quiroga - 1166
A VERDADE VICEJA NO ÓBVIO
Marcadores: Quiroga
sábado, janeiro 22, 2011
Oscar Quiroga - 1165
A VANGUARDA DO ATRASO
Marcadores: Quiroga
sexta-feira, janeiro 21, 2011
Os Exercícios Físicos
Fomos feitos com braços e pernas para serem movimentados regularmente, constituindo o que podemos denominar de exercícios físicos. Se executarmos movimentos corporais com regularidade - sem exagero - iremos colaborar positivamente com a saúde e preservação de nosso corpo. Os dois artigos abaixo [1],[2] confirmam isso.
Feita pela Universidade Harvard, a pesquisa mostra que tanto exercícios vigorosos (como natação, corrida e ciclismo) quanto os não vigorosos (como caminhada) diminuem os indices de mortalidade geral - não necessariamente apenas pelo câncer de próstata - nesses pacientes.
Aqueles que caminhavam quatro ou mais horas semanais, por exemplo, tinham um índice 23% menor de mortalidade geral. No caso das atividades vigorosas, houve diminuição inclusive da mortalidade por câncer de próstata: foi de 56% naqueles que praticavam cinco ou mais horas semanais.
Segundo a autora, Stacey Kenfield, trata-se do primeiro estudo populacional amplo a avaliar o impacto da atividade física na mortalidade de pacientes com câncer de próstata. Ela diz que ainda não estão claros quais mecanismos moleculares estão envolvidos nesssa associação. "O exercício influencia uma série de hormônios que podem estimular o câncer de próstata, melhora as funções imunes e pode reduzir inflamações. Mas como essas ações moleculares afetam a biologia do câncer é algo que está em estudo", disse à Folha.
Segundo Alexandre Crippa, urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, diversos estudos vêm mostrando os benefícios do exercício físico para vários tipos de câncer.
Há pesquisas que apontam, inclusive, um efeito preventivo, como uma que foi feita com mais de 45 mil homens e publicada em outubro (de 2009) no British Journal of Cancer. Os resultados mostraram que apenas 30 minutos diários de caminhada ou ciclismo já preveniam a incidência de câncer de próstata. Outro trabalho deste ano, feito com camundongos, mostrou que a prática de exercícios reduz a progressão do câncer naqueles que já tinham a doença.
Para ele, pacientes com câncer devem ser encorajados a praticar exercícios. "Atividades como a musculação podem ajudar a repor a massa muscular perdida com o tratamento hormonal", exemplifica.
O ganho de massa muscular é apenas um dos benefícios citados pelo educador físico Rodrigo Ferraz, pesquisador do laboratório de metabolismo e nutrição da USP (Universidade de São Paulo), que treina pacientes com câncer.
Segundo ele, há evidências de que o exercício reduza significativamente a fadiga, muito comum em quem faz quimioterapia. "O paciente passa a ter uma vida mais funcional", diz. Outro efeito da químio que pode ser minorado com o exercício é a perda de massa óssea.
Ferraz diz que muitos pacientes têm receio de que o exercício piore sua condição. "Antigamente, acreditava-se que a atividade física pudesse debilitar o paciente de câncer e atrapalhar o tratamento. Hoje, se sabe que é o contrário", diz.
O fisiologista Turíbio Leite de Barros, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), acrescenta um benefício: o de potencializar as células do sistema de defesa. "Em linhas gerais, o câncer não é impedimento para nenhuma atividade física".
O médico deve ser consultado e o melhor é fazer os exercícios de forma supervisionada e respeitando os limites de cada paciente.
OS EXERCÍCIOS E O CÂNCER
1. QUE EXERCÍCIOS REDUZEM A MORTALIDADE POR CÂNCER DE PRÓSTATA?
Segundo o estudo, só os vigorosos, como tênis, natação e corrida. Exercícios mais leves reduzem apenas a mortalidade geral, mas não a por câncer de próstata.
2. COM QUAL FREQUÊNCIA ELES DEVEM SER PRATICADOS?
O estudo mostrou benefícios quando se praticam cinco ou mais horas por semana.
3. QUE CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS POR QUEM TEM CÂNCER AO SE EXERCITAR?
. Evite fazer exercícios nos primeiros dias após a sessão de quimioterapia.
. Quando estiver em tratamento, faça a contagem do nível de hemoglobina para ver se está suficiente para permitir treinar.
. Respeite seus limites e comece aos poucos.
. Consulte seu médico e faça exercícios supervisionados por um profissional.
Quanto mais longo o telômero, mais eficaz ele é. Quanto menor, há menos capacidade de divisão da célula, até que ela, por fim, morre. Os telômeros representam a parte terminal dos cromossomos. Seu papel é preservar com a maior fidelidade possível o código genético.
"Com o passar do tempo e a divisão das células, os telômeros tendem a reduzir de tamanho, perdendo o efeito protetor do código genético", diz Antonio Herbert Lancha Jr., fisiologista do laboratório de nutrição e metabolismo da Escola de Educação Física da USP.
Segundo ele, o encurtamento dos telômeros faz com que a célula perca suas características e uma das consequências é o envelhecimento dessa estrutura.
"Os telômeros mostra o grau de saúde da célula, quanto mais saudável, mais longe da morte. Essas células provavelmente vão envelhecer mais tarde", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
O estudo alemão mostrou que o exercício físico em atletas profissionais leva à ativação da enzima telomerase, responsável por estabilizar o telômero.
"A importância desse achado é que, ao preservar a integridade dos telômeros, é como se estivéssemos preservando a nossa informação genética. Assim impediríamos que mudanças estruturais ocorressem, prevenindo algumas doenças como o câncer", diz Lancha Jr.
Para chegarem ao resultado, os pesquisadores compararam leucócitos (células do sangue) de quatro grupos de voluntários. Um era composto por 32 corredores profissionais jovens, com idade média de 20 anos. Outro era formado por atletas profissionais mais velhos, com idade média de 51 anos, com um histórico de atividade física regular.
Ambos foram avaliados e comparados com um grupo de pessoas saudáveis, não-fumantes, porém sedentárias, de várias idades. Não houve grande diferença no tamanho dos telômeros entre os atletas jovens e os sedentários jovens. Porém, eles eram significativamente mais longos nos mais velhos (que se exercitavam regularmente).
A análise das amostras revelou uma ativação da enzima telomerase nos atletas - nos jovens e nos mais velhos - em comparação aos sedentários.
Segundo os pesquisadores, a ativação da enzima telomerase, a longo prazo, diminui o encurtamento dos telômeros.
Para os autores, os dados melhoram o entendimento molecular dos efeitos protetores do exercício sobre doenças relacionadas ao envelhecimento.
"As células têm apoptose, a morte programada, e o estudo reforça que outros fatores podem alterar essa programação, como hábitos de alimentação e atividade física", diz Zogaib.
EXERCÍCIO ANTI-IDADE
A atividade física preserva estruturas relacionadas à morte celular
Multiplicação
Os telômeros são estruturas envolvidas na multiplicação das células que ficam nas extremidades dos cromossomos. Quanto mais longo o telômero, maior a capacidade de divisão da célula.
Morte celular
Quando o telômero se encurta, é sinal de envelhecimento celular. A célula morre quando ele está muito curto.
Dimensão
A enzima telomerase regula a manutenção do tamanho do telômero.
Prolongamento
Uma hipótese do estudo é que o exercício físico ative a telomerase e estabilize o telômero.
Referências:
[1] Flávia Mantovani, Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde, pg. C7, 8 de dezembro de 2009.
[2] Gabriela Cupani, Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde, pg. C7, 28 de dezembro de 2009.
Marcadores: Alemanha, apoptose, câncer, células, cromossomos, enzimas, exercícios, leucócitos, próstata, telomerase, telômeros
Oscar Quiroga - 1164
AS REGRAS DO JOGO DO ATRASO
Marcadores: Quiroga
quinta-feira, janeiro 20, 2011
A Ejaculação
Quando um homem ejacula, emitindo esperma e sêmen, durante uma relação sexual ou através da masturbação, ele perde uma quantidade significativa de energia, desvitalizando-se (esta é uma das causas de o homem viver menos que mulher, em todos os países do mundo). Com essa queda energética corporal, podem surgir vários sintomas orgânicos negativos, como cansaço e até alergias [1] com características semelhantes a uma gripe. Certas mulheres também são alérgicas ao sêmen masculino, principalmente quando ele é colocado fora do tubo vaginal. Tanto o Taoismo como a Gnose (assim como o Tantra) são favoráveis à prática da atividade sexual sem ejaculação, como já vimos anteriormente neste blog. Veja este artigo [1] relacionado a este tema:
Isso é o que diz um estudo holandês, publicado no Journal of Sexual Medicine.
Segundo o artigo, os homens com a chamada Síndrome da Doença Pós-orgásmica têm febre, nariz vermelho, cansaço e dor nos olhos logo após a ejaculação.
O autor diz que os homens afetados pela síndrome não tinham sintomas quando se masturbavam sem ejaculação. Mas, se o sêmen era emitido, eles se sentiam doentes em poucos minutos.
Foram analisados 45 homens com essa doença, dos quais 33 fizeram um teste de alergia usando uma forma diluída do próprio sêmen. Desses, 88% tiveram uma reação positiva, indicando uma resposta autoimune.
Segundo a alergista Ana Paula Castro, a alergia a sêmen é bem conhecida, mas apenas em mulheres. Os resultados deste estudo, portanto, são novos e surpreendem. "Trata-se de uma doença autoimune, sem causa conhecida, já que o corpo reage a uma substância produzida por ele mesmo".
Um segundo estudo tratou dois voluntários com a terapia da hipossensibilização, também conhecida como imunoterapia, com injeções de seu próprio sêmen. Os resultados mostraram que em até três anos os pacientes tiveram uma redução dos sintomas da síndrome.
Esta doença ainda é pouco conhecida, apesar de já ser documentada desde 2002.
Referência:
[1] Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde, pg. C10, 20 de janeiro de 2011.
Marcadores: alergia, ejaculação, energia sexual, esperma, Gnose, Holanda, orgasmo, sêmen, sexo, síndrome, Tantra, taoismo
Oscar Quiroga - 1163
AR DE ATRASO
Marcadores: Quiroga
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Oscar Quiroga - 1162
PARTICULAR
Marcadores: Quiroga
terça-feira, janeiro 18, 2011
A Pressa
Quem se identifica com o corpo está sempre com pressa. Por isso existe essa pressa no Ocidente, essa obsessão pela velocidade. Basicamente, trata-se de uma identificação com o corpo, mas você não é o seu corpo. A vida não pára, escapa das suas mãos - faça algo e faça agora; ande rápido, senão vai perdê-la. E encontre maneiras melhores e mais rápidas de fazer algo... e por aí vai... A velocidade virou mania. A única preocupação é saber como chegar num lugar mais rápido. Ninguém se importa em conhecer a razão por que você quer chegar. E, no momento em que você chega lá, começa logo a pensar em outro lugar para ir.
A mente vive num estado constantemente febril. Isso ocorre porque nós nos identificamos com a periferia e nós sabemos que o corpo vai morrer. A morte nos assombra. No Ocidente, a morte ainda é um tabu. Um tabu foi quebrado - o do sexo -, mas o segundo tabu, mais profundo do que o primeiro, ainda persiste. É preciso um outro Freud para quebrá-lo. As pessoas não falam da morte ou, quando falam, usam eufemismos - dizem que a pessoa está com Deus, foi para o céu, descansou. Mas, se a pessoa só viveu no corpo, ela não foi a lugar algum. Está morta, simplesmente morta - é pó sobre pó.
O corpo é pesado, muito proeminente, aparente, visível, palpável, tangível. A consciência não é visível nem está na superfície. É preciso buscá-la, mergulhar fundo. É preciso fazer esforço, é preciso ter uma dedicação constante para explorar o próprio ser. Trata-se de uma jornada, mas, depois que você começa a se sentir como uma consciência, você passa a viver num mundo completamente diferente. Você deixa de ter pressa, porque a consciência é eterna, e você deixa de se preocupar, porque a consciência não conhece doença, morte, derrota. Não há necessidade de buscar qualquer outra coisa. Ao corpo falta tudo, por isso ele inventa desejo após desejo; o corpo é um mendigo. Mas a consciência é um imperador: possui o mundo todo, é o mestre.
Depois de conhecer a face de seu ser interior, você relaxa. A vida deixa de ser desejo e passa a ser celebração. Tudo já está lá: as estrelas, a Lua, o Sol, as montanhas, os rios, as pessoas. Você tem de começar a viver. É disso que trata a vida: a exploração da consciência. Ela é um tesouro enterrado. E, naturalmente, quando tem um tesouro, você o mantém enterrado bem fundo para que ninguém o roube. Deus colocou a consciência bem no fundo do seu ser. O corpo é só o portão, não é a câmara real mais interior. Mas muitas pessoas vivem apenas no portão e acham que isso é a vida; nunca entram na casa do seu ser.
Deixe que a vida seja uma jornada para o interior do seu próprio ser. Use o corpo, ame o corpo: ele é um belo mecanismo, uma dádiva preciosa que contém grandes mistérios, mas não se identifique com ele. O corpo é como um avião e você é o piloto. O avião é belo e muito útil, mas o piloto não é o avião e ele tem de se lembrar de que é algo separado, que está distante, muito longe. Ele é o mestre do veículo.
Use o corpo como um veículo, mas deixe que a consciência reine absoluta.
Fonte: Osho, Corpo e Mente em Equilíbrio, Editora Sextante, 2008. ISBN 978-85-7542-349-3.
Marcadores: consciência, corpo, mente, morte, Osho, pressa, rapidez
Oscar Quiroga - 1161
OS OLHARES HUMANOS
Marcadores: Quiroga
segunda-feira, janeiro 17, 2011
Harmonia de Corpo, Mente e Alma
Seu corpo é energia, sua mente é energia, sua alma é energia. Onde está a diferença entre essas três coisas? Está só no ritmo, na frequência, no comprimento de onda. O corpo é denso, e é uma energia que funciona de um modo visível.
A mente é apenas um pouco mais sutil, mas não muito mais, porque é possível fechar os olhos e ver os seus pensamentos passando. Eles não são visíveis como o corpo, que é público. Seus pensamentos são particulares, ninguém mais pode vê-los, só você ou pessoas que tenham experiência de ver pensamentos. A terceira e última camada dentro de você é a sua consciência (associada à alma), que não é visível nem mesmo para você. Ela não pode ser reduzida a um objeto, ela é inteiramente subjetiva.
Quando essas três energias funcionam em harmonia, você é uma pessoa saudável e inteira. Se elas não funcionarem em sintonia e de acordo umas com as outras, você fica doente, você deixa de ser inteiro. E ser inteiro é ser puro.
Todo o meu empenho é no sentido de ajudá-lo para que seu corpo, sua mente e sua consciência possam todos dançar num só ritmo, numa comunhão, numa profunda harmonia - nunca em conflito, mas em cooperação.
Consciência é energia, a mais pura energia. A mente não é tão pura e o corpo é menos puro ainda. Mas você só pode conhecer essa consciência se fizer dessas três camadas um cosmos, não um caos. As pessoas estão vivendo o caos: o corpo delas diz uma coisa, quer ir numa determinada direção; a mente está completamente esquecida do corpo porque, durante séculos, ensinaram que ele é um inimigo pecaminoso que deve ser destruído.
Essas idéias o impedem de perceber seu corpo numa dança ritmada consigo mesmo. Essas são idéias tolas, estúpidas, prejudiciais e venenosas, mas vêm sendo ensinadas há tanto tempo que se tornaram parte da mente coletiva.
Por isso a minha insistência na dança e na música, porque somente na dança será possível sentir seu corpo, sua mente e você funcionando em conjunto. Há uma alegria infinita quando todos eles funcionam em conjunto, uma riqueza imensa.
A consciência é a forma mais elevada de energia. Quando todas essas três energias funcionam em conjunto, a quarta vem à tona. A quarta está sempre presente quando essas três funcionam juntas - ela nada mais é do que essa unidade orgânica.
No Oriente, simplesmente chamamos essa quarta energia de "a quarta" - turiya. Não damos qualquer outro nome. As três outras têm nome, a quarta não tem. Conhecer essa quarta é conhecer a Deus. Deus existe quando você está numa unidade orgânica orgástica. Deus não existe quando você está em caos, em desarmonia, em conflito. Quando você é uma casa que se volta contra si mesma, não há Deus algum presente.
Quando você está extremamente feliz consigo mesmo, feliz com o que é, extasiado com o que é, grato pelo que é, todas as suas energias estão dançando juntas; quando você é uma orquestra de todas as suas energias, Deus existe. Esse sentimento de total unidade é Deus. Deus não é uma pessoa em algum lugar, é a experiência das três energias formando uma unidade de tal modo que surja uma quarta. E a quarta é mais do que a soma das outras partes.
Se você dissecar uma pintura, só se deparará com a tela e as várias cores de tinta, mas uma pintura não é simplesmente a soma da tela e das cores, é algo mais. Esse "algo mais" é expresso por meio da pintura, da cor, da tela, do artista - esse "algo mais" é a beleza. Disseque um botão de rosa e encontrará todas as substâncias químicas que o constituem, mas a beleza desaparecerá. A beleza não é constituída apenas pela soma das partes, é algo mais.
O todo é mais do que a soma das partes. Ele se expressa por meio das partes, mas é mais que isso. Deus é aquilo que está além, é esse acréscimo. Não é uma questão de teologia e não pode ser decidido pela argumentação lógica. É preciso sentir a beleza, a música, a dança. No limite, é preciso sentir a dança no seu próprio corpo, na sua mente, na sua alma. Aprenda a tocar essas três energias para que se tornem uma orquestra e Deus se fará presente. Aprenda a fundir corpo, mente e alma, descubra formas de funcionar como uma unidade.
Praticantes de corrida, às vezes, passam por uma grandiosa experiência de meditação. Se você já se deliciou com uma corrida de manhã cedo, quando o ar está fresco, puro e todo mundo está acordando, despertando, e você está correndo... Seu corpo funciona belamente, o ar está fresco, um novo dia nasce depois da escuridão da noite e tudo canta à sua volta. Você se sente tão vivo... Chega um momento em que o corredor desaparece, só fica a corrida. O corpo, a mente e a alma começam a funcionar juntos; de repente, um orgasmo interior acontece.
Aqueles que correm podem, portanto, ter acidentalmente a experiência da quarta energia, da turiya. Se estiverem atentos, os corredores podem chegar perto da meditação com mais facilidade do que qualquer outra pessoa. Correr ou nadar podem ser de extrema ajuda quando essas atividades são transformadas em meditação. Esqueça as antigas idéias sobre meditação, esqueça que sentar sob uma árvore numa postura de ioga é meditação. Esse é só um dos jeitos e pode ser bom para algumas pessoas, mas não para todas. Para uma criancinha, isso não é meditação, é uma tortura. Para um jovem animado, vibrante, isso é uma repressão e não meditação. Talvez para um homem velho, muito vivido, cujas energias estejam em declínio, isso possa ser meditação.
As pessoas são diferentes. Para alguém que tem um nível mais baixo de energia, sentar-se embaixo de uma árvore, numa posição de ioga, pode ser a melhor meditação, porque é a que menos despende energia. Quando a coluna vertebral está ereta, num ângulo de 90 graus com relação à terra, seu corpo gasta a menor quantidade de energia possível. Se você pender para um dos lados ou para a frente, seu corpo começa a gastar mais energia, porque a gravidade começa a puxá-lo para baixo. Você precisa se segurar para não cair. Isso gasta energia. Sentar-se com as mãos unidas sobre o colo também é muito útil para pessoas de baixa energia porque, quando as mãos estão se tocando, a eletricidade do corpo começa a se propagar em círculos, movendo-se dentro de você.
A energia está sempre saindo pelos dedos, ela nunca é liberada a partir de coisas com o formato bem arredondado (isso é conhecido pelos cientistas - físicos e engenheiros elétricos - como poder das pontas). Por exemplo, sua cabeça retém bem a energia elétrica. A energia é liberada pelos dedos dos pés e das mãos (que constituem "pontas" do seu corpo, assim como o pênis). Numa determinada postura de ioga, os pés ficam juntos, de modo que a energia sai por um pé e entra pelo outro; uma mão libera a energia que entra pela outra mão que esteja em contato. Você é abastecido por sua própria energia, forma um círculo interno de energia. Isso é muito tranquilizante.
A postura de ioga é a mais relaxante que existe. É até mais relaxante do que o sono porque, quando você dorme (na posição horizontal), todo o seu corpo sente uniformemente a atração da gravidade. A posição horizontal relaxa o corpo de uma maneira totalmente diferente, pois o leva de volta aos tempos antigos, quando você era um animal e vivia constantemente nessa posição.
É por isso que, deitado, você não consegue pensar direito. Experimente. Você pode sonhar com facilidade, mas não pode pensar com facilidade. Para pensar, você precisa estar sentado. Quanto mais ereto você se sentar, maior a possibilidade de pensar. Pensar é um advento tardio na história humana, que só ocorreu quando o homem passou a andar na vertical. Enquanto ele estava acostumado com a postura horizontal, apenas sonhava. Então agora, ao deitar, você começa a sonhar e pára de pensar. É um tipo de relaxamento, porque o pensamento pára, você regride em termos de consciência.
A postura de ioga é uma boa meditação para aqueles que têm pouca energia, que estão doentes, velhos, que já viveram toda uma vida e agora estão se aproximando da morte.
Correr pode ser uma meditação - praticar jogging, dançar, nadar, sexo, qualquer coisa pode ser uma meditação. Minha definição de meditação é a seguinte: sempre que o corpo, a mente e a alma estão funcionando juntos, no mesmo ritmo, trata-se de uma meditação, porque isso provoca o aparecimento da quarta energia. E, se você está consciente de que faz essa atividade como uma meditação - não como parte dos Jogos Olímpicos -, isso é extremamente belo.
Qualquer que seja a meditação, o princípio básico precisa preencher sempre este requisito: o corpo, a mente e a consciência, todos os três, têm de funcionar numa unidade. De repente, a quarta energia aparece: pode chamá-la de Deus, nirvana, Tao, como você preferir.
Fonte: Osho, Corpo e Mente em Equilíbrio, Editora Sextante, 2008. ISBN 978-85-7542-349-3.
Marcadores: Alma, consciência, corpo, dança, Deus, eletricidade, energia, gravidade, harmonia, ioga, meditação, mente, música, Osho, pensar, poder das pontas, sono, Todo
Pensamento do Dia
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde! E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido"
Marcadores: Dalai Lama, dinheiro, futuro, presente, saúde
Oscar Quiroga - 1160
NASCIDOS PARA VIVER!
Marcadores: Quiroga
domingo, janeiro 16, 2011
Ruídos e Pressão Arterial
Sons desagradáveis (ruídos sonoros) ocasionam efeitos fisiológicos e psicológicos negativos no nosso organismo. Abaixo vai uma comprovação deste fato [1].
De acordo com os pesquisadores, os resultados sugerem que pessoas que vivem em áreas barulhentas devem se esforçar ainda mais para manter hábitos saudáveis para minimizar esses riscos.
Eles acreditam que o barulho constante pode causar um estresse (tensão) no organismo que poderia aumentar a pressão do sangue. "Uma das hipóteses é que o estresse esteja relacionado. Ele aumenta a secreção de vários tipos de hormônios, como a adrenalina e o cortisol, que elevam a pressão arterial. Sabe-se que eles são um fator de risco para doenças cardiovasculares", afirma o cardiologista Fernando Nobre, presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão.
Entre os idosos, no entanto, a associação entre barulho e pressão arterial foi menos importante. A justificativa dos pesquisadores é que, nessa faixa etária, é mais difícil medir a influência do barulho na pressão, uma vez que há outros fatores que contribuem para essa doença.
Um outro estudo realizado em Londres e divulgado em fevereiro deste ano (2009) também associou barulho intenso e hipertensão. O trabalho avaliou 5.000 pessoas e constatou que viver próximo a aeroportos também pode estar relacionado com o aumento da pressão arterial.
Concluiu-se que um aumento de 10 dB no ruído sonoro noturno elevava em 14% o risco de hipertensão.
Ainda assim, o barulho intenso não é considerado por especialistas um fator de risco clássico para hipertensão. Os principais desencadeantes da pressão alta são obesidade, ingestão elevada de sal, abuso no consumo de álcool e sedentarismo.
Referência:
[1] Jornal Folha de S. Paulo, Seção Saúde, pg. C7, 22 de setembro de 2009.
Marcadores: álcool, barulho, hipertensão, obesidade, pressão arterial, ruído, sal, sedentarismo
Oscar Quiroga - 1159
VIDA ESPIRITUAL
Marcadores: Quiroga
sábado, janeiro 15, 2011
No Centro e Na Periferia
O atual culto ao corpo não tem sentido. As pessoas procuram comida saudável, massagens, rolfing e mil e uma coisas que possam dar algum significado à vida. Mas olhe nos olhos das pessoas: há um grande vazio nelas. Dá para ver que elas não percebem esse significado. Não existe qualquer fragrância ali, a flor ainda não floresceu. Lá no fundo são como um deserto: estão perdidas, sem saber o que fazer. Não param de fazer coisas para o corpo, mas isso não está surtindo o efeito desejado.
Se falta o centro, então pode-se continuar decorando a periferia. Isso pode enganar aos outros, mas você não pode satisfazer a si mesmo. Pode até se enganar de vez em quando, porque nossas próprias mentiras, quando repetidas muitas vezes, começam a parecer verdades. Mas você não pode se satisfazer, não pode obter o contentamento. O homem moderno está tentando de tudo para aproveitar a vida, mas parece não haver qualquer alegria envolvida. Lembre-se: sempre que você estiver tentando aproveitar a vida, na verdade você a deixará escapar. Quando você estiver tentando alcançar a felicidade, você a deixará passar. Fazer esforço para atingir a felicidade é um absurdo, porque a felicidade já está aqui e nada pode ser "feito" para atingi-la. Não há nada a fazer, apenas permitir que ela aconteça. Ela já está acontecendo, está à sua volta, dentro, fora, só a felicidade existe. Nada mais é real. Observe, olhe atentamente este mundo, as árvores, os pássaros, as rochas, os rios, as estrelas, a Lua e o Sol, as pessoas, os animais - olhe com atenção: a existência é feita da essência da felicidade, da alegria. Ela é feita de êxtase. Não há nada a fazer quanto a isso. Seu próprio esforço de fazer pode ser uma barreira para alcançá-la. Relaxe e ela o preencherá; relaxe e a felicidade correrá ao seu encontro; relaxe e ela transbordará de você.
O homem moderno está empenhado nessa busca, tentando conseguir algo da vida, tentando agarrá-la. Isso não vai funcionar, porque o caminho não é esse. Você não pode agarrar a vida, você tem de se render a ela. Você não pode conquistar a vida. Você tem de ser corajoso a ponto de ser derrotado por ela. A derrota é uma vitória nesse caso, e o esforço para ser vitorioso, no final será apenas sua derrocada final e absoluta.
A vida não pode ser conquistada, porque a parte não pode conquistar o todo. É como se uma pequena gota de água quisesse conquistar o oceano. Sim, a gota de água pode cair no oceano e se tornar o oceano, mas não pode conquistá-lo. Na verdade, se quiser conquistá-lo, ela terá de mergulhar dentro dele, escorregar para dentro dele.
O homem moderno está tentando encontrar a felicidade, por isso se preocupa tanto com o corpo. É quase uma obsessão. Ele está fazendo um grande esforço para estabelecer algum contato com a felicidade por meio do corpo, mas isso não é possível.
A mente moderna é muito competitiva (deveríamos ser cooperativos, colaborativos e não competitivos). Não é necessário ser, de fato, apaixonado pelo corpo - isso pode ser apenas uma competição com as outras pessoas. Como os outros estão fazendo coisas, você também tem de fazer... A mente contemporânea é a mais fútil e ambiciosa que já existiu neste mundo. É muito básica e mundana. É por isso que o homem de negócios é tão onipresente. Todo o resto passou para o segundo plano, enquanto o homem de negócios, o homem que controla o dinheiro, é a realidade mais presente - os buscadores de Deus. Na Europa, os aristocratas eram a realidade mais presente - cultos, estudados, alertas, em sintonia com os sutis matizes da vida: música, arte, poesia, escultura, arquitetura, danças clássicas, línguas, o grego e o latim. O aristocrata, que tinha sido condicionado, durante séculos, pelos valores mais elevados da vida, era a realidade mais presente na Europa. Na Rússia soviética, o proletariado, os tiranizados, os oprimidos, os operários eram a realidade mais presente. No Ocidente, hoje, é o homem de negócios, aquele que controla o dinheiro.
O dinheiro é o mais competitivo dos reinos. Não é preciso ter cultura, só dinheiro. Não é preciso saber nada sobre música e poesia. Não é preciso saber nada sobre literatura, história, religião e filosofia antigas. Se tiver uma conta bancária bem grande, você é importante. Você pode comprar um Van Gogh ou um Picasso, não pelo fato de ser um Picasso, mas porque os vizinhos também compraram. Eles têm um quadro de Picasso na sala de estar: como suportar não ter um também? Talvez você nada saiba sobre arte - pode nem mesmo saber como pendurá-lo, qual é o lado certo. Pode nem ter idéia se é um Picasso autêntico. Talvez nem olhe para ele, mas, como os outros têm um e estão falando sobre Picasso, é preciso mostrar a sua cultura. O dinheiro e os vizinhos parecem ser o único critério para decidir qualquer coisa: o carro, a casa, os quadros, a decoração. As pessoas não têm uma sauna no banheiro de casa porque amam o próprio corpo, mas porque está na moda - todo mundo tem. Quem não tiver vai parecer pobre. Se alguém tem uma casa nas montanhas, é preciso ter uma também. Talvez você nem saiba o que vai fazer nas montanhas ou ache aquilo um tédio. Ou vai levar a TV para lá e assistir aos mesmos programas que você vê em sua casa. Que diferença faz o lugar onde você está sentado?
Já observou uma criança correndo, gritando, dançando sem qualquer razão em especial - sem causa? Se perguntar por que ela está tão feliz, ela não será capaz de responder. Será que é preciso ter uma causa para ser feliz? Ela ficará chocada com a sua pergunta. Dará de ombros e seguirá seu caminho, continuando a cantar e a dançar. A criança não tem nada. Não é o primeiro-ministro ou o presidente da República. Ela não possui nada - talvez algumas conchas ou pedrinhas que tenha pego na praia, isso é tudo.
A vida do homem moderno acaba quando a vida acaba. Quando o corpo chega ao fim, a pessoa também chega. Por isso as pessoas têm muito medo da morte. Por causa do medo da morte, o homem moderno está tentando de todas as maneiras prolongar a vida, às vezes por períodos absurdos. Existem pessoas que estão vegetando nos hospitais, nos asilos. Não estão vivendo: estão mortas há muito tempo. A vida está sendo mantida pelos médicos, pelos remédios, pelos equipamentos modernos. De alguma forma, estão apenas adiando a morte.
O medo da morte é imenso. Depois de partir, você irá embora para sempre e nada mais restará - porque o homem moderno só conhece o corpo, e nada mais. Se só conhece o corpo, você vai ser muito pobre. Primeiro, sempre terá medo da morte - então como vai gostar realmente da vida? O medo estará sempre presente. É a vida que traz a morte e você não consegue vivê-la plenamente. Se a morte acaba com tudo, se essa é a sua compreensão e modo de pensar, sua vida será de correria e de eterna busca. Como a morte está sempre chegando, você não pode ter paciência. Daí a mania de velocidade - tudo tem de ser feito depressa, porque a morte está se aproximando: procure fazer o máximo possível. Procure sobrecarregar seu ser com a maior quantidade possível de experiências antes de morrer porque, depois, acabou.
Isso não tem sentido e, evidentemente, causa angústia e ansiedade. Se, depois da morte do corpo, não restar mais nada, nada do que você fizer pode ser muito profundo. Nada que você fizer o satisfará. Se a morte é o fim e depois não restar mais nada, a vida não pode ter sentido ou significado. Será uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, sem significado.
O ser humano consciente sabe que está no corpo, mas não é o corpo. Ele ama o corpo, pois é o seu abrigo, sua casa, seu lar. Ele não é contra o corpo porque seria tolice ficar contra a própria casa, mas também não é materialista. É realista, mas não materialista. Ele sabe que, na morte, nada morre de fato. A morte vem, mas a vida continua. Sua vida é imortal.
Camus escreveu que o único problema metafísico real do ser humano é o suicídio. Concordo. Se o corpo é a única realidade, e não existe dentro de você nada que vá além dele, então essa é a coisa mais importante a se considerar. Por que não cometer suicídio? Por que esperar até os 90 anos? E por que sofrer com tantos problemas e infortúnios nesse meio-tempo? Se a morte é certa, por que não morrer hoje? Por que acordar outra vez amanhã de manhã? Isso parece ser em vão.
O homem moderno está constantemente correndo de um lado para outro para conseguir, de algum jeito, agarrar todas as experiências possíveis. Corre o mundo, vai de cidade em cidade, de país em país, de hotel em hotel. Nessa busca, ele corre de guru em guru, de igreja em igreja, porque a morte está chegando. Ao mesmo tempo em que há uma louca perseguição que nunca se acaba, há também a profunda preocupação de que tudo seja inútil - porque a morte irá acabar com tudo. Se a pessoa tiver vivido em ostentação ou na pobreza, se foi inteligente ou não, se foi um grande amante ou deixou de ser, que diferença faz? A morte por fim chega e nivela a todos - o sábio e o tolo, os prudentes e os pecadores, os iluminados e os estúpidos, todos vão para baixo da terra e desaparecem para sempre. Então, para que tudo isso? Que diferença faz ser alguém como Buda, como Jesus ou como Judas? Jesus morreu na cruz, Judas se matou no dia seguinte: ambos desapareceram embaixo da terra.
Por outro lado, há sempre o medo de que você possa deixar escapar algo que os outros conquistaram; há a profunda preocupação de que, mesmo que você consiga algo, nada seja obtido. Mesmo se chegar, não chegará a lugar algum, pois a morte vem e acaba com tudo.
O homem consciente vive no corpo, ama o corpo, celebra-o, mas sabe que não é o corpo. Sabe que existe algo nele que sobreviverá a todas as mortes. Sabe que existe algo nele que é eterno e que o tempo não pode destruir. Passa a sentir isso por meio da meditação, do amor, da prece. Passa a sentir isso no interior do seu próprio ser. Não tem medo da morte porque sabe o que é a vida. Não corre atrás da felicidade porque sabe que Deus está enviando milhões de oportunidades, basta que ele permita que elas aconteçam.
A vida está pronta para acontecer. Você está criando tantas barreiras, e a maior delas é querer correr atrás das coisas. Sempre que a vida chega e bate à sua porta, você não está (geralmente você está envolvido com o passado ou com o futuro). Vive correndo atrás da vida, a vida correndo atrás de você e os dois nunca se encontram.
Exista... simplesmente exista, e tenha paciência...
Fonte: Osho, Corpo e Mente em Equilíbrio, Editora Sextante, 2008. ISBN 978-85-7542-349-3.
Marcadores: Alma, corpo, felicidade, imortalidade, mente, Osho